Estatística atualizada nessa quarta-feira (10) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Porto Alegre contabiliza 9.168 testes positivos de dengue entre 1º de janeiro e 6 de julho – a média é de 1.533 por mês. O número inclui 8.566 casos contraídos dentro da própria cidade (autóctones) e nove mortes.
Todos os bairros de Porto Alegre registraram casos da doença neste ano. A faixa etária predominante vai de 21 a 30 anos, com 18,7% do somatório. Já na análise por gênero, a maioria dos pacientes são do sexo feminino (52,9%). Dentre os sintomas mais relatados estão febre, cefaleia e mialgia.
A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, também responsável por doenças como o zika vírus e a febre chikungunya. O inseto se prolifera em focos de água parada – ainda não há dados oficiais sobre o impacto das enchentes de maio no Rio Grande do Sul e uma eventual explosão de ocorrências.
No final de abril, antes da maior tragédia climática já ocorrida no Estado e que atingiu diversas áreas da capital gaúcha, a prefeitura chegou a decretar situação de emergência em saúde pública. A medida autoriza uma série de ações emergenciais, como a maior flexibilidade nos processos para compra de equipamentos, materiais e insumos, além da contratação de serviços.
Com dezenas de bairros apresentando altos índices de infestação pelo mosquito, a SMS passou a ampliar a frequência e cobertura de alguns procedimentos. Um dos principais é a pulverização de inseticida em ruas e terrenos de regiões estatisticamente mais críticas.
Já no Rio Grande do Sul são quase 176 mil testes positivos de dengue nos primeiros seis meses deste ano. Em 272 casos o paciente não resistiu.
Sintomas
O Ministério da Saúde tem reforçado a importância da busca por atendimento nos serviços de saúde assim que surgem os primeiros sintomas. Com isso, evita-se o agravamento da doença e uma possível evolução para óbito, sobretudo em crianças, idosos e indivíduos com outras doenças pré-existentes.
Medidas preventivas contra a proliferação do mosquito-vetor também são fundamentais. É o caso da eliminação de focos de água parada, a fim de cortar o ciclo de vida do inseto já na fase de larva. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra a picada.
– febre alta (39°C a 40°C), com duração de dois a sete dias.
– dor retro-orbital (atrás dos olhos).
– dor de cabeça.
– dor no corpo.
– dor nas articulações.
– mal-estar geral.
– náusea.
– vômito.
– diarreia.
– manchas vermelhas na pele (com ou sem coceira).
(Marcello Campos)