Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de abril de 2016
Dezoito inquéritos concluídos, três indivíduos presos e quatro menores apreendidos. Este é o balanço dos 20 primeiros dias da força-tarefa criada para prevenir e reprimir crimes de roubos em veículos de transporte coletivo em Porto Alegre, segundo informações da PC (Polícia Civil).
De acordo com o delegado Carlos Henrique Braga Wendt, um dos responsáveis do destacamento, o trabalho ainda é muito recente para que a sociedade note alguma diminuição neste tipo de delito.
“Não é em um mês que veremos os resultados, leva mais algum tempo, até porque não é uma gangue apenas, são várias, em vários bairros, às vezes indivíduos sozinhos, é uma prática muito disseminada.” A autoridade comenta ainda que, somente no mês de março, foram registradas 350 ocorrências de furto ou roubo a coletivos na Capital.
Ele explica que, neste primeiro momento, o trabalho da unidade está se concentrando em mapear as áreas de maior incidência dessas investidas e os locais onde os objetos oriundos do crime estão sendo vendidos. “Já temos conhecimento de vários pontos no Centro de Porto Alegre, onde esse material é vendido.” O delegado ainda destaca a aproximação com as empresas de transporte coletivo de Porto Alegre. “Estamos conscientizando as empresas sobre a importância de os funcionários colaborarem com as investigações, prestando depoimentos, registrando boletins de ocorrência. Isso é fundamental para solução dos casos, identificar e prender os autores”, explica Wendt.
Ele afirma que qualquer ameaça sofrida por quem denuncie esse tipo de crime deve ser relatado à força-tarefa, para que a polícia represente pela prisão do suspeito. Ele destaca que os policiais também evitam reconhecimentos frente-a-frente para preservar as vítimas.
Futuramente, serão monitorados os impactos das atividades da força-tarefa. Embora, para o delegado Marco Antônio Duarte de Souza, existam muitos fatores que “vem na contramão” do trabalho realizado pelos policiais. “É uma polícia repressiva, não preventiva. Há a questão da impunidade. O poder judiciário é frouxo, complacente quando não há fator morte. Um indivíduo é preso cinco, seis vezes e volta às ruas para delinquir”, ressalta Souza.“Também ocorre problemas como interdição de presídios, do parcelamento dos salários [do funcionalismo estadual], são questões administrativas, mas afetam o processo”, acrescenta.
Denúncias, informações, também podem ser apresentadas pelo Whatsapp da Polícia Civil pelo telefone: (51) 8418-7814.
(Fabiane Christaldo/ Redação O Sul)