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Porto Alegre tem 65% das estações de bombeamento de água funcionando

Durante as enchentes que tomaram as ruas de Porto Alegre, apenas 17% das casas de bombas estavam funcionando. (Foto: Divulgação/PMPA)

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre registrou na sexta-feira (31) a retomada de 65% das Estações de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebaps) da cidade.

Atualmente, são contabilizadas contabilizando 15 operantes das 23 existentes na capital gaúcha. Recentemente, durante as enchentes que tomaram as ruas de Porto Alegre, apenas 17% das casas de bombas estavam funcionando e 19 tiveram de ser desligadas por falta de energia elétrica ou inundação. Atualmente, estão ligadas as Ebaps 1, 3, 4, 5, 6, 7, 11A, 11B, 12, 13, 14, 15, 16, 19 e 22.

Cinco das seis Estações de Tratamento de Água (ETAs) espalhadas pela cidade estão em operação, mas com capacidade média de 85%, em razão da turbidez da água captada, com muito barro, o que demanda um tratamento mais complexo e lento. A ETA das Ilhas foi destruída pela enchente. Para compensar, o Dmae tem enviado caminhões-pipa para a região, conforme a demanda.

Estão funcionando também seis bombas de alta capacidade emprestadas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que cedeu profissionais para a instalação dos aparelhos.

Segundo o Dmae, são equipamentos com alto poder de escoamento de água, que pesam cerca de 10 toneladas, demandam complexas operações para montagem e têm capacidade para drenar 7,2 milhões de litros por hora.

Três dessas máquinas estão no bairro Sarandi, uma no Humaitá e outras duas na área do aeroporto Salgado Filho. Outras sete bombas-trator também auxiliam no escoamento de água do terminal aéreo.

Guaíba

O nível do Guaíba, em Porto Alegre, ficou no sábado (1º) abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês, tendo atingido a marca de 3,58 metros às 5h, dois centímetros a menos que o patamar de transbordamento (3,6 metros). No domingo (2) o nível estava em 3,46m.

O Guaíba vem sendo monitorado em tempo real, com o auxílio de lasers, na régua instalada na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Os dados são compilados e divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA), a partir do trabalho de campo da Rede Hidrometeorológica Nacional e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O Guaíba não ficava abaixo da cota de inundação desde as 23h de 2 de maio, quando subiu a 3,67 metros. Com o recuo do rio, muitas pessoas retornam a seus lares e comércios pela primeira vez em mais de 25 dias em bairros como Humaitá, onde fica o pátio do metrô, e na Vila Farrapos, onde há muitas residências.

Alteração na medição

Na última terça-feira (28), o governo do Rio Grande do Sul alterou a cota de inundação de 3 metros para 3,6 metros. A mudança foi adotada para refletir as medições feitas em uma nova régua instalada mais ao sul do Cais Mauá, onde o nível era registrado até o início de maio.

Na prática, a mudança no nível da cota de inundação não altera a medição da máxima do Guaíba, que chegou a 5,35 metros em 5 de maio, maior marca da história. Isso porque quando o nível do rio está a 3,6 metros no Gasômetro, ele se encontra a 3 metros no Cais Mauá.

O transbordamento do Guaíba inundou diversos bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de milhares de famílias. A infraestrutura do Estado também ficou fortemente comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, o que deixou milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram mais de 77 mil resgates.

 

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