Quinta-feira, 05 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de julho de 2022
Mulheres são maioria entre as pessoas que moram sozinhas em Porto Alegre, aponta IBGE.
Foto: Luciano Lanes/PMPAEm 2021, havia 619 mil domicílios em Porto Alegre, dos quais 168 mil eram ocupados por um único morador, nas chamadas unidades domésticas unipessoais. Em dez anos, o percentual de unidades unipessoais em relação ao total de domicílios passou de 20,8%, em 2012, para 27,1% em 2021. Desses 168 mil, 57,1% eram ocupados por mulheres em 2021, o que corresponde a 96 mil domicílios. Porto Alegre mostrou a maior proporção de mulheres morando sozinhas em relação aos homens entre as capitais brasileiras na edição mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Características gerais dos moradores, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE.
Considerando o Estado do Rio Grande do Sul, eram 4,3 milhões de domicílios em 2021, contra 3,8 milhões em 2012. Nesse período, a proporção de unidades domésticas unipessoais (com apenas um morador) passou de 14,8% para 18,3% do total. No Estado, entre as pessoas que moram sozinhas, os homens eram maioria (51,3%), abaixo da média brasileira (56,6%), mas acompanhando a característica observada nas demais 26 unidades da federação.
Nos domicílios gaúchos, o arranjo mais frequente era o nuclear, estrutura composta por um único núcleo, seja formado por um casal com ou sem filhos ou enteados ou pelas chamadas famílias monoparentais, quando somente a mãe ou o pai criam os filhos, sem a presença do outro cônjuge. Em 2021, as unidades domésticas com arranjo nuclear correspondiam a 69,2% do total, percentual abaixo do de 2012 (70,2%).
Dentre as demais formas de arranjo domiciliar, a unidade estendida, constituída pela pessoa responsável com pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadre em um dos tipos descritos como nuclear, correspondia a 11,4% em 2021, o que representa uma redução em relação a 2012 (13,9%). As unidades domésticas compostas, ou seja, aquelas constituídas pela pessoa responsável, com ou sem parente(s), e com pelo menos uma pessoa sem parentesco, podendo ser agregado(a), pensionista, convivente, empregado(a) doméstico(a) ou parente do empregado(a) doméstico(a), representavam 1,1% do total de domicílios ocupados em 2021.
Na capital, Porto Alegre, as mulheres foram apontadas como responsáveis pelo domicílio em todas as espécies de unidade doméstica em 2021.
População acima de 30 anos atingiu 60,9% em 2021
A população total do Rio Grande do Sul foi estimada em 11,4 milhões em 2021, o que representa um aumento de 4,1% ante 2012. Nesse período, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 13,8% para 18,6% da população. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 1,5 milhão para 2,1 milhões, crescendo 40,0%.
Acompanhando a tendência observada no país, a população do Rio Grande do Sul está mais velha. Entre 2012 e 2021, o número de pessoas abaixo de 30 anos de idade no país caiu 8,9% (5,4% no conjunto do Brasil). Com isso, pessoas de 30 anos ou mais passaram a representar 60,9% da população do estado em 2021. Esse percentual era de 55,3% em 2012, início da série histórica da pesquisa.
Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa, explica que as estimativas de sexo e classes de idade para Brasil, por ser alinhada com as Projeções Populacionais, ainda não incorporam os efeitos da pandemia, como a queda no número de nascimentos e o aumento dos óbitos. “Com os resultados do Censo 2022, esses parâmetros serão atualizados”, diz. A coleta do Censo começa no dia 1º de agosto.
Cresce participação das pessoas pretas e pardas na população do Estado
Embora o Rio Grande do Sul tenha uma das maiores proporções de população que se autodeclara branca no País, a participação dessa parcela no total caiu de 83,1% para 80,8% entre 2012 e 2021. No mesmo período, houve crescimento da participação das pessoas autodeclaradas pretas (de 5,3% para 5,7%) e pardas (de 11,3% para 13,2%).
Em dez anos, a população preta cresceu 12,4% e a parda, 21,7%, ambas com aumento superior ao da população do total do estado (4,1%). Já a população branca cresceu 1,3%.
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