Por Redação O Sul | 9 de março de 2021
Atualizado de forma constante, o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde (SES) indicava às 23h desta terça-feira (9) uma ocupação geral de quase 105% nas unidades de terapia intensiva em Porto Alegre. Esse índice resulta da diferença negativa entre 1.011 leitos de UTI e 1.058 pacientes internados, 715 deles por causa do coronavírus.
No início da noite, um balanço extra-oficial apontava ao menos 181 pessoas com quadro mais severo de Covid no aguardo de liberação de vaga em UTI. A maior parte desse contingente se referia ao Hospital Conceição (Zona Norte), com 43 pacientes. Em seguida apareciam o São Lucas da PUCRS (Zona Leste), com 39 pessoas na fila, e o Clínicas (área central), com 37.
A estatística epidemiológica leva em consideração os indivíduos adultos atendidos no momento por esse tipo de estrutura, tanto na rede pública quanto na particular, em um total de 21 instituições de saúde na capital gaúcha (cabe mencionar que alguns não têm leitos para casos de coronavírus). São eles:
Hospital de Clínicas, Conceição, Cristo Redentor, Moinhos de Vento, Complexo Santa Casa, São Lucas da PUCRS, Mãe de Deus, Ernesto Dornelles, Divina Providência, Porto Alegre, Vila Nova, Pronto Socorro (HPS), Independência, Fêmina, Restinga, Santa Ana, Beneficência Portuguesa, Hospital da Brigada Militar, Instituto de Cardiologia, Presidente Vargas e BDW.
Visita ao HPS
Dando sequência às inspeções em unidades de saúde, o prefeito Sebastião Melo visitou durante a tarde as instalações do HPS, na “divisa” dos bairros Santana e Bom Fim. Acompanhado do titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Mauro Sparta, ele se reuniu com representantes da direção do Hospital para discutir estratégias de enfrentamento ao coronavírus e alternativas de ampliação da infraestrutura da instituição.
Em meio à expansão da oferta de leitos na capital gaúcha para tratamento de casos de Covid, desde a segunda-feira (8) o HPS disponibiliza dez leitos de UTI e 26 de enfermaria para essa finalidade. Segundo a prefeitura, a abertura das unidades de terapia intensiva foi viabilizada pela transferência de pacientes da enfermaria para uma nova ala, inaugurada em dezembro.
“O Hospital de Pronto Socorro sempre acolheu os porto-alegrenses, desde a sua inauguração [em abril de 1944] e não seria diferente agora, neste momento de pandemia”, ressaltou Sebastião Melo. “A unidade hospitalar reforçou os seus leitos com respiradores artificiais e outros equipamentos, a fim de garantir um melhor atendimento aos pacientes de Covid.”
(Marcello Campos)
