Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de abril de 2020
Capital vai superar testagem da Coreia do Sul, referência mundial no combate ao vírus.
Foto: Jefferson Bernardes/PMPAPorto Alegre inicia, nesta semana, um amplo programa de testagem para identificar infectados por coronavírus, com média diária de até 580 testes do tipo PCR. Até o momento, são realizados cerca de 280 testes por dia. O anúncio foi feito pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior em transmissão ao vivo pelo Facebook, no início da tarde desta segunda-feira (27).
Com isso, a Capital vai superar a capacidade de testagem da Coreia do Sul, referência mundial de enfrentamento ao coronavírus, que utilizou 400 testes diários para investigar a extensão da pandemia. De acordo com Marchezan, a ampliação do número de testes vai “oferecer estatísticas confiáveis para embasar estratégias de saúde, ampliar a segurança e assertividade das decisões sobre reabertura de setores econômicos e servir como ferramenta para comunicar a situação da pandemia na cidade aos 1,5 milhão de porto-alegrenses”.
Entre os 580 exames diários, estão incluídos os comprados pela prefeitura (300 PCRs/dia fornecidos pelo Peritos Lab, 150 PCRs por dia fornecidos pelo Grupo Exame e 30 PCRs por dia na Santa Casa, além de 10 mil testes rápidos do Hilab), os doados por parceiros (2 mil testes rápidos do grupo Iguatemi), os distribuídos pelo Ministério da Saúde (2,7 mil testes rápidos) e os que serão realizados em parceria com o Hospital Moinhos de Vento (100 PCRs por dia).
O prefeito destaca que a ampla testagem favorece a preparação das estruturas de atendimento aos pacientes com Covid-19. “No tratamento de coronavírus, atendimento hospitalar e leitos de UTI são decisivos. O que não aceitamos é que pessoas em tratamento fiquem sem o atendimento adequado. Achatamos a demanda por leitos em unidade de terapia intensiva, que é o divisor de águas entre o óbito com atendimento e o óbito sem condições de atendimento”, ressalta.
Na tarde desta segunda-feira, Porto Alegre tinha 32 leitos de UTI ocupados com pacientes testados positivos para coronavírus – cerca de 5% do total de leitos de terapia intensiva disponíveis na Capital. Este número atingiu o pico de 43 internados há mais de 20 dias.