Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 14 de janeiro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), fez os primeiros movimentos para mudar algumas rotinas na saúde do município. Uma delas, herdada do seu antecessor, Marchezan Júnior, foi a preocupante recomendação do “fique em casa” para pacientes com primeiros sintomas de gripe e resfriado e a negativa em autorizar o exame de detecção da covid-19.
Por motivos misteriosos, ainda continua muito difícil para os cidadãos que procuram a rede publica de saúde em Porto Alegre, obter autorização para testagem de covid.
E o protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde para o tratamento precoce, é ignorado na rede publica da capital gaúcha.
Há quem atribua esse comportamento, talvez injustamente, a um ranço de bolsões da esquerda infiltrados na rede municipal de saúde, que consideram o tratamento precoce, “coisa do Bolsonaro”. Em sintonia com seu secretário da Saúde, Mauro Sparta, o prefeito já anuncia algumas mudanças conceituais importantes.
Recordando
Sempre é útil recordar que o Ministério da Saúde, com o objetivo de ampliar o acesso dos pacientes no âmbito do SUS, publicou na Nota Informativa nº 9/2020-SE/GAB/SE/MS, uma série de orientações para tratamento precoce de pacientes com diagnóstico de covid-19. Segundo o ministério, o uso dos medicamentos é de livre opção na relação de médicos e pacientes. Além disto, a pasta está fornecendo os remédios para tratamento precoce do covid-19 em todo o País.
GHC já adota opção do tratamento precoce contra o covid-19
O tratamento precoce do covid-19, com uso da hidroxicloroquina, recomendado em TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que o Ministério Público Federal realiza com dezenas de prefeituras gaúchas, também já é adotado espontaneamente pelo maior grupo hospitalar do Sul do País. O presidente do Grupo Hospitalar Conceição, Cláudio Oliveira, confirma que “há uma orientação no sentido de que realmente passemos a usar os medicamentos em casos de tratamentos precoces, sempre que na triagem o médico considerar isto adequado e o paciente consinta.”
A posição da Secretaria da Saúde de Porto Alegre
Ontem, a coluna recebeu da Secretaria da Saúde da capital gaúcha algumas informações sobre este tema:
– Nas unidades de saúde do município toda e qualquer pessoa que tenha sintomas ou contato com caso confirmado é encaminhada para testagem. Os testes são realizados através de contrato junto a rede privada e tem tempo de resposta de dois a três dias.
– Com relação ao tratamento (precoce), o mesmo já foi encaminhado através de Nota Técnica da secretaria desde a ultima semana e em 15 dias os medicamentos estarão a disposição da população nas Farmácias Distritais e postos de saúde que funcionam até as 22 horas.
– O Ministério da Saúde deu sinal positivo e está enviando 25 mil unidades de hidroxicloroquina para Porto Alegre e os demais medicamentos já fazem parte do leque ofertado pelo município. Ressaltamos que a decisão do melhor tratamento a ser utilizado é do profissional médico juntamente com o paciente, seguindo protocolos técnicos e normas definidas pelo Conselho Federal de Medicina.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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