Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 14 de novembro de 2019
A Superintendência dos Portos RS confirmaram o vazamento de óleo por volta das 23h desta quarta-feira (13) na embarcação Dimitris L, de bandeira Grega, durante o processo de abastecimento no terminal da Termasa.
No final da tarde desta quinta-feira (14), na sede da Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul, estiveram reunidos Patram, Fepam, Ibama, Capitania dos Portos, Termasa, CRAM e empresas envolvidas no processo para avaliar a situação e a resposta ao vazamento do óleo do abastecimento do navio Dimitris L que está atracado no terminal da Termasa. O superintendente determinou que o navio não saia do terminal até que sejam tomadas todas as providências legais.
A embarcação Dimitris L, de bandeira Grega. (Foto: Divulgação)
Na noite de quarta-feira (13), por volta das 23h, o navio graneleiro Dimitris L, que estava em processo de abastecimento, teve o óleo vazado. As autoridades começaram a ser acionadas ainda na madrugada. Durante toda esta quinta-feira (14), as equipes dos órgãos ambientais bem como da Superintendência e das empresas vistoriaram a área e iniciaram os movimentos de absorção e retirada do material.
O superintendente dos Portos RS, Fernando Estima, falou sobre a mobilização do acionamento do plano de área. “Durante todo o dia foi feita remoção de parte do material e acionado todos os órgãos para que possamos avaliar o dano. O inquérito que depois irá detalhá-lo melhor e virá por parte da Capitania. Não há nenhuma relação com outros aparecimentos de óleo no Brasil, foi um incidente de dano visivelmente menor. É um acidente especifico de uma atividade que ocorre diariamente, que é o abastecimento de navio”, afirmou Estima.
“A Capitania dos Portos tem um caráter um pouco mais administrativo neste trabalho. Ela tem a atribuição de fazer toda a investigação, toda a parte de perícia, toda a parte administrativa de autuação e notificação tanto do navio quanto do agente marítimo. Então o trabalho ele é conjunto e coordenado à autoridade portuária, à autoridade marítima, de maneira que a gente resolva este problema o mais rápido possível”, afirmou o capitão dos Portos do Rio Grande do Sul, capitão de mar e guerra Reinaldo Luís Lopes dos Santos.
O diretor do CRAM, Lauro Barcellos, que possui convênio com a Superintendência dos Portos para monitoramento da fauna do entorno portuário afirmou que “Nós estamos acompanhando, estamos monitorando todos estes diferentes espaços (estuário, mar e lagoa) que possam ser atingidos por alguma porção de óleo, e é importante que a comunidade fique tranquila que nós temos uma prática de 45 anos, o CRAM é reconhecido mundialmente. Então, o CRAM é o ponto de referência para qualquer cidadão que encontre algum animal com algum problema, alguma enfermidade ou debilitado“, explicou ele.
Segundo estimativas, foram cerca de 2 m³ a 3 m³ de óleo de bunker (óleo marítimo) vazados que estão sendo retirados das áreas atingidas. A partir do encontro desta tarde se montou um comitê de crise para ações nos próximos dias, através de plantões das entidades participantes, que são essenciais para que o processo transcorra com o máximo de controle ambiental. O vazamento gera um dano ambiental que deverão ser reparados e mitigados com as penalidades previstas.
O CRAM (Centro de Recuperação de Animais Marinhos) através de um contrato entre a superintendência e Furg em vigor, está realizando o monitoramento de toda a fauna da região, principalmente dos leões marinhos que ficam no entorno dos Molhes da Barra. A principal área envolvida fica entre o terminal da Termasa e Tecon. Nos ambientes com a presença de óleo foram utilizadas as barreiras de contenção e também estão sendo usadas barreiras de absorção do material.
Na segunda-feira (18) o grupo irá se reunir novamente para avaliar as ações que ocorreram durante o final de semana e as ações que serão tomadas no decorrer das próximas semanas.