Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que ele foi convidado para a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Um dos eventos para o qual Bolsonaro afirma ter sido chamado é o Baile de Posse Hispânico.
Segundo o blog da Julia Duailibi, a defesa do ex-presidente entrou com uma solicitação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para que o passaporte de Bolsonaro seja liberado para uma viagem de cinco dias, entre 17 e 22 de janeiro.
Bolsonaro precisa de autorização judicial para deixar o Brasil, já que teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal em fevereiro de 2024, durante uma operação que investigava uma tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder.
O Baile de Posse Hispânico é um evento voltado para a comunidade hispânica nos Estados Unidos. De acordo com o site oficial do baile, o encontro tem como objetivo inspirar parcerias, unir divisões e traçar um caminho que fortaleça o país.
A festa está marcada para o dia 18 de janeiro, dois dias antes da posse oficial de Trump. O baile deve contar com a presença de políticos, empresários e artistas.
Entre as personalidades cotadas para comparecer ao evento estão o senador Marco Rubio, que deve ser o próximo Secretário de Estado, Robert F. Kennedy Jr., indicado para comandar a saúde, e Donald Trump Jr., filho do presidente eleito. Os três são apresentados como cadeiras honorárias do evento.
O presidente da Argentina, Javier Milei, está entre os convidados especiais, segundo a organização do evento.
Ingressos para o baile foram vendidos por US$ 250 (R$ 1.520). O baile será realizado em um hotel de luxo em Washington D.C.
Ida à posse
Na semana passada, Bolsonaro solicitou a devolução do passaporte e a autorização para sair do país para participar da cerimônia em Washington D.C., nos Estados Unidos.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, havia determinado que o ex-presidente comprovasse o convite para a posse de Trump com um documento formal.
Em sua decisão, o ministro afirmou que, antes de dar andamento ao pedido da defesa de Bolsonaro, seria necessária uma “complementação”, uma vez que a solicitação não foi acompanhada dos “documentos necessários”.
Os advogados de Bolsonaro enviaram a Moraes um documento para comprovar o convite. Em um recurso, a defesa do ex-presidente afirmou que eventuais mentiras sobre o convite enviado por Trump “podem levar a rigorosas consequências”.
O recurso será encaminhado à Procuradoria-Geral da República para que emita seu parecer antes de Moraes tomar sua decisão.