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Possíveis relatores da cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha , descartam arquivamento

Cunha cometeu quebra de decoro parlamentar por não ter declarado à Justiça Eleitoral ter contas bancárias na Suíça atribuídas a ele e a parentes. (Foto: Alex Ferreira/Agência Câmara)

Os três integrantes do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados sorteados para a possível relatoria do processo de cassação contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disseram na terça-feira que, se escolhidos, estão preparados para suportar a pressão – dois afirmam que não apoiarão arquivamento sumário da representação, que é uma das possibilidades.
O nome do relator será anunciado nesta quarta-feira  pelo presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA).
Dois dos três possíveis relatores do caso de Cunha são alvos de ação penal ou inquérito no Supremo Tribunal Federal. Ambos se dizem contrários à tese de arquivar o caso sumariamente: Zé Geraldo (PT-PA) e Vinicius Gurgel (PR-AP). Fausto Pinato (PRB-SP) não quis emitir opinião antes da escolha.
Desde que o PSOL e a Rede protocolaram no Conselho de Ética a representação para cassar o mandato de Cunha, o Palácio do Planalto discute um acordo com o peemedebista. No PT, esse movimento é liderado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente do partido, Rui Falcão, que já deram recados claros de que pretendem enquadrar os deputados da bancada.
O objetivo do Planalto é evitar que Cunha deflagre a tramitação do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff,  além de obter uma blindagem sobre Lula e familiares nas CPIs da Câmara.

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