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Brasil Poupança tem fuga recorde de recursos em janeiro

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Com a taxa básica igual ou abaixo de 8,5%, a remuneração da caderneta passa a ser a Taxa Referencial mais 70% da Selic. (Foto: Reprodução)

A saída de recursos da caderneta de poupança continuou em janeiro deste ano. Segundo números divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (4), as retiradas superaram os depósitos em R$ 12,03 bilhões em janeiro. Esta foi a maior saída líquida mensal de recursos da poupança da série histórica, que tem início em 1995. Até então, a maior retirada de valores havia sido registrada em março do ano passado (-R$ 11,43 bilhões).

Em todo ano passado, os números também foram negativos. De acordo com dados oficiais, R$ 53,36 bilhões deixaram a modalidade de investimentos em 2015. Foi a primeira vez em dez anos que mais recursos saíram que entraram da caderneta, e foi também a maior fuga de valores desde o início da série histórica do BC, em 1995. Com a forte saída de valores, o volume total aplicado na caderneta de poupança (estoque) recuou em 2015 pela primeira vez na história.

No mês passado, os depósitos em caderneta de poupança somaram R$ 149,56 bilhões, ao mesmo tempo em que os saques de recursos totalizaram R$ 161,59 bilhões. Já os rendimentos creditados nas contas dos poupadores somaram R$ 4 bilhões em janeiro.

Com a forte saída de valores, o volume total aplicado na caderneta recuou. No fim do mês passado, o estoque da poupança totalizava R$ 648 bilhões, contra R$ 656 bilhões no fechamento de 2015.

Economia ruim e baixo rendimento
A evasão de recursos da poupança acontece em momento de baixo nível de atividade, com a economia brasileira em recessão. Além disso, outros fatores também têm impactado a renda dos brasileiros, como a alta da inflação, dos juros, do desemprego e de tributos. Para completar o quadro, o nível de endividamento das famílias segue elevado.

Outro fator que tem influenciado a retirada de recursos da poupança é sua baixa rentabilidade frente a outras modalidades. Isso ocorre porque o rendimento dos fundos de renda fixa sobe junto com a Selic. Já o rendimento das cadernetas, quando a taxa de juros está acima de 8,5% ao ano, como atualmente, está limitado em 6,17% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR).

Segundo cálculos da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), com os juros básicos atualmente em 14,25% ao ano (o maior nível em nove anos), as aplicações em renda fixa, como os fundos de investimento, ganham mais atratividade e ganham da poupança na maioria das situações. A poupança continua atrativa somente para fundos com taxas de administração acima de 2,5% ao ano.

Além disso, a rentabilidade da poupança, no ano passado, perdeu para a inflação. A aplicação, que rendeu 8,15% no ano, não alcançou a inflação do período, de 10,67%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Descontada a inflação, a poupança teve uma perda de poder aquisitivo de 2,28%, de acordo com a consultoria Economatica. É o pior resultado desde 2002. (Alexandro Martello/AG)

 

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https://www.osul.com.br/poupanca-tem-fuga-recorde-de-recursos-em-janeiro/ Poupança tem fuga recorde de recursos em janeiro 2016-02-04
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