Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 13 de janeiro de 2021
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A importância da educação é consenso universal. Sua ausência é sinônimo de mazelas, enquanto sua excelência é indissociável de pujança. O Brasil não investe pouco em educação, mas gasta mal. O conhecimento dos professores não basta se ele não souber transferi-lo ao aluno. De maneira oposta, nem sempre o político mais persuasivo tem as melhores ideias. Um bom orador pode ganhar um debate, mas o melhor projeto está mais perto da vitória na eleição.
Candidatos que incentivam maior presença estatal vêm perdendo espaço. Os eleitores estão demonstrando nas urnas terem entendido que políticas coletivistas falharam de forma absoluta em todas as tentativas. Por melhores intenções que possa haver, na prática, as políticas estatais prioritariamente atendem aos interesses próprios dos políticos em detrimento do interesse público. Se o cidadão, que é o financiador dessas políticas por meio do pagamento de impostos, não recebe o benefício, não faz sentido que elas existam.
Há quem diga que o socialismo antigo defendia a igualdade de resultados, mas que o socialismo moderno defende a igualdade de oportunidades, e que estas devem ser providas pelo setor estatal por meio de políticas públicas. Fato é que não existe possibilidade de o setor público melhorar a vida de um cidadão sem prejudicar outro. Toda e qualquer interferência será compulsória, e toda concessão de poder que se faça ao governo é um atentado às liberdades individuais. O único meio de prover melhores oportunidades é a liberdade.
Via de regra, o setor privado tem soluções muito melhores, mais baratas e mais eficientes que o setor público. Quanto menos regras e mais simples elas forem, maiores as possibilidades de geração de emprego e renda, que criam um círculo virtuoso de melhorias na educação e saúde e redução de criminalidade. Não por acaso, países mais livres são mais ricos, e os mais aprisionados aos governantes, mais pobres. Quanto mais interferência estatal, maiores as falhas de mercado. O cidadão precisa ser livre para investir seus recursos, afinal, povo que não tem liberdade acaba por ser escravo.
Matheus Henrique de Oliveira, economista, empresário e associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE).
matheus@flexinc.com.br
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