Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2024
Em seu depoimento, ao responder as perguntas da sua própria advogada de defesa, Daniel chorou e afirmou que bebeu excessivamente naquela noite.
Foto: ReproduçãoO Tribunal de Barcelona tem cerca de 20 dias, depois de ouvir todos os depoimentos, para tomar uma decisão sobre o caso de Daniel Alves, conforme informações do jornal espanhol Marca. O ex-jogador é acusado de estuprar uma jovem de 23 anos no banheiro de uma boate e, na quarta-feira (7), dá a sua versão dos fatos à juíza Isabel Delgado Pérez, que já ouviu a denunciante e outras testemunhas. Enquanto a decisão não é tomada, o brasileiro continua preso.
A pena máxima de 12 anos de prisão é pedida pela acusação. Já o Ministério Público pede por nove anos. A tendência é que, se condenado, o jogador tenha, no máximo, seis anos de cárcere. O motivo é o pagamento da defesa à Justiça, ainda no início do processo, para uma indenização de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) à jovem. Ainda assim, a acusação contesta a possível redução da pena. O MP indica, ainda, dez anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena em cárcere, e que ele seja proibido de se aproximar ou comunicar com a vítima pelo mesmo período.
Choro
Em seu depoimento, ao responder as perguntas da sua própria advogada de defesa, ele chorou e afirmou que bebeu excessivamente naquela noite. De acordo com o relato do jornal Marca, ele chorou a ponto de ter dificuldade para completar as frases.
Daniel Alves afirmou que não é um homem violento e que não forçou a denunciante a acompanhá-lo ao banheiro.
Além disso, disse que mentiu na primeira versão, quando afirmou que não teve contato nenhum com a mulher do caso, porque não queria que a sua esposa soubesse.
O brasileiro disse que só soube pela imprensa que era acusado de estupro e que está praticamente arruinado porque suas contas bancárias foram bloqueadas e ele perdeu contratos no Brasil.
Segue preso
Daniel Alves segue cumprindo prisão preventiva, no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona. Ele foi preso preventivamente em 20 de janeiro de 2023, ou seja, está há mais de um ano atrás das grades.
Ao fim do julgamento, a advogada Inés Guardiola pediu a liberdade condicional para Daniel Alves, com a apreensão dos passaportes do Brasil e da Espanha. A acusação e a promotoria se opuseram ao pedido. A Justiça espanhola tomará uma decisão sobre o assunto posteriormente. Vale lembrar que o jogador teve quatro pedidos de liberdade provisória negados, sob a justificativa de risco de fuga.