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Brasil Pré-candidatos a presidente da República prometeram dar prioridade à reforma da Previdência

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Candidato do PSL mostra força em pesquisas espontâneas; Alckmin aposta em programas de TV. (Foto: Divulgação/TSE)

Os pré-candidatos que vão disputar a sucessão presidencial nas eleições 2018 por PSDB, MDB e Novo prometeram dar prioridade à reforma da Previdência em caso de vitória nas eleições de outubro. Durante a participação em um debate realizado na capital paulista, o ex-governador de São Paulo e pré-candidato tucano, Geraldo Alckmin, garantiu que vai apresentar já no primeiro mês de seu mandato não apenas a reforma da Previdência, mas também as reformas política, tributária e do Estado.

O pré-candidato do Novo, João Amoêdo, disse que a proposta de mudanças nas regras das aposentadorias tem que acontecer no “dia zero do governo”. Já o ex-ministro Henrique Meirelles, pré-candidato do MDB, declarou ter ficado feliz com que os dois concorrentes presentes no debate tenham apoiado os pontos essenciais da reforma que, conforme disse, foi feita por ele, já que a proposta de emenda constitucional da Previdência Social foi apresentada ao Congresso em sua gestão à frente do Ministério da Fazenda do governo Michel Temer.

Para Amoêdo, a gestão Temer não soube “vender” a reforma da Previdência para a sociedade brasileira. “É preciso um esforço grande de comunicação com a população. Não se vendeu corretamente essa ideia no ano passado” disse o empresário, acrescentando que o governo precisa convencer que a medida, segundo ele, não significa retirada de direitos, e sim a garantia da aposentadoria.

O Novo defende a primeira versão de reforma da Previdência encaminhada pelo governo de Michel Temer ao Congresso, com a fixação da idade mínima de aposentadoria de 65 anos tanto para homens quanto para as mulheres. Essa idade mínima aumentaria à medida que a expectativa de vida dos brasileiros subisse.

Amoêdo também pregou a contribuição previdenciária de trabalhadores rurais e defendeu que a correção das aposentadorias seja desvinculada do salário mínimo. “Tem que vincular à inflação.”

Ao abordar o tema, Geraldo Alckmin reafirmou a proposta de, a exemplo do que fez no funcionalismo de São Paulo, implementar o modelo de Previdência complementar para aposentados que recebem mais do que o teto do INSS (R$ 5,6 mil). Também disse que as condições devem ser iguais a trabalhadores tanto do setor privado quanto do funcionalismo público. “A proposta é votar no comecinho do ano que vem”, disse o tucano.

Henrique Meirelles sustentou que a reforma previdenciária é fundamental não só para acabar com injustiças de um modelo que hoje é concentrador de renda, mas também para permitir o reequilíbrio das contas públicas. “Em algumas décadas, teremos que aumentar a carga tributária em 10% do PIB para financiar o déficit da Previdência. Além da injustiça, tem a questão da insustentabilidade fiscal.”

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