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Precisa achar a bússola

Germano Rigotto

O ex-governador Germano Rigotto, citado ontem no editorial do Diário Comércio, Indústria & Serviços, de São Paulo. (Foto: Arquivo AL-RS)

No site do MDB nacional consta que ainda tem um presidente da República. Força do hábito de estar sempre no poder. Refere ainda que governa cinco Estados. Caiu para três. A reciclagem do partido deve ir além da simples atualização de dados. Já reuniu liberais, socialistas, ultra-esquerdistas, social-democratas, empresários e trabalhadores. Consolidou-se como uma federação de lideranças regionais sem um projeto nacional. Enriqueceu a história das incongruências político-partidárias e agora precisa superar a crise de identidade.

Cúmulo da irresponsabilidade

O artigo 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de 1988, previu que “no prazo de um ano, a contar da promulgação da Constituição, o Congresso Nacional promoverá, através de comissão mista, exame analítico e pericial dos atos e fatos geradores do endividamento externo brasileiro.”

O parágrafo 1º estabeleceu: “A comissão terá a força legal de comissão parlamentar de inquérito para os fins de requisição e convocação, e atuará com o auxílio do Tribunal de Contas da União.” O parágrafo 2º acrescentou: “Apurada irregularidade, o Congresso Nacional proporá ao Poder Executivo a declaração de nulidade do ato e encaminhará o processo ao Ministério Público Federal, que formalizará, no prazo de 60 dias, a ação cabível.”

O Congresso continua ignorando o texto. Por que será?

Silêncio absoluto

Numa época em que até os salários dos funcionários públicos estão disponíveis na Internet, as informações sobre a dívida pública seguem fechadas a sete chaves.

A espiral não para

Nos 10 primeiros dias do ano, o placar eletrônico Jurômetro atingiu 14 bilhões e 250 milhões de reais. Valor pago pelo governo federal para rolar sua dívida.

Boa lembrança

Trecho inicial do editorial do Diário Comércio, Indústria & Serviços, de São Paulo, publicado ontem:

“Nos anos 1990, o então deputado federal Germano Rigotto, do PMDB do Rio Grande do Sul, atuante nos debates em torno das várias tentativas de reforma tributária, costumava dizer que a mudança no sistema de impostos e contribuições sociais previsto na Constituição era como uma mulher bonita e interessante, que todos os homens querem namorar e noivar, mas ninguém quer levar ao altar. A expressão continua muito válida para a reforma tributária, mas também pode ser estendida à reforma mais defendida no momento, a da Previdência Social.”

No reino da intransigência

A 11 de janeiro de 1999, o secretário estadual da Fazenda, Arno Augustin, saiu decepcionado da reunião com técnicos da área econômica do governo federal, em Brasília. “Eles foram intransigentes”, afirmou, acrescentando que não viu intenção de renegociação da dívida dos estados por parte do Ministério da Fazenda. Augustin esteve com o secretário-executivo, Pedro Parente, que apenas recebeu o documento que explicava a situação financeira do Rio Grande do Sul. Apesar de ter adiantado a Parente o cenário do Estado, que começou o ano com a quebra de caixa de 1 bilhão e 200 milhões de reais, o secretário evitou, de todas as formas, a palavra moratória. Repetidas vezes, defendeu a posição gaúcha de negociação. Augustin, no entanto, lamentou a “pouca abertura para negociações do governo federal”.

Todo o cuidado é pouco

O avanço tecnológico trouxe comodidade, mas junto surgiram estelionatários. Em 2018, quase oito milhões de brasileiros foram vítimas de fraudes, sendo que 41 por cento das ocorrências estão ligadas à clonagem de cartões de crédito. Levantamento da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito. Outros golpes são comuns como o uso indevido do nome para contratação de empréstimos, a utilização de documentos para abertura de crediário e o pagamento de boletos falsos.

Muito requisitado

Antes de cada eleição à presidência da mesa diretora, volta ao cardápio do bar do Senado o apreciado drinque Toma Lá Dá Cá.

 

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