Domingo, 26 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2020
Porto Alegre tem a quarta cesta básica mais cara do País
Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilO preço da cesta básica aumentou nas 17 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em setembro, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (06).
As maiores altas na passagem de agosto para setembro ocorreram em Florianópolis (9,8%), Salvador (9,7%) e Aracaju (7,13%). As menores variações foram observadas em Campo Grande (1,72%), Natal (0,68%) e Brasília (0,56%).
Segundo a pesquisa do Dieese, Florianópolis tem a cesta básica mais cara entre as capitais pesquisadas (R$ 582,40), seguida por Rio de Janeiro (R$ 563,75), São Paulo (R$ 563,35) e Porto Alegre (R$ 552,86). Já a mais barata é a de Natal (R$ 422,31).
O óleo de soja e o arroz tipo agulhinha foram os itens da cesta básica com as maiores altas. Os preços de ambos aumentaram em todas as capitais pesquisadas.
Salário
O Dieese destacou que, considerando o preço da cesta básica mais cara, que foi o de Florianópolis, o conjunto de alimentos básicos representou, em setembro, 51,22% do salário mínimo nacional líquido, ou seja, descontada a contribuição previdenciária de 7,5%. Em agosto, essa proporção era de 48,85%.
Além disso, o órgão apontou que o tempo médio de trabalho necessário para um trabalhador poder comprar uma cesta básica passou de 99 horas e 24 minutos em agosto para 104 horas e 14 minutos em setembro.
O Dieese aponta que o salário mínimo necessário para garantir o sustento de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 4.892,75, o que corresponde a 4,68 vezes o mínimo vigente atualmente, de R$ 1.045.