Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 7 de janeiro de 2025
A região das Hortênsias segue com a cesta de alimentos mais cara do Estado
Foto: Helena Pontes/Agência IBGEO preço médio da cesta de alimentos no Rio Grande do Sul, que reúne os principais itens da alimentação regular dos gaúchos, encerrou dezembro em R$ 284,75, acumulando alta de 11,1% em 2024.
A região com a menor variação no ano foi o Vale do Jaguari, que abrange nove municípios – entre eles, Santiago –, com alta de apenas 1,7%. Já a Fronteira Noroeste, que inclui cidades como Horizontina e Santa Rosa, registrou a maior elevação, com aumento de 17,2%.
A região das Hortênsias segue com a cesta mais cara, no valor de R$ 330,06 – 22% acima do registrado na região do Jacuí, onde o conjunto de alimentos custa R$ 271,36.
As informações estão reunidas na nova edição do Boletim de Preços Dinâmicos, elaborado mensalmente pela Secretaria Estadual da Fazenda, por meio da Receita Estadual. O levantamento, que tem como base os preços registrados nas notas fiscais eletrônicas emitidas pelo varejo, foi divulgado nesta terça-feira (7).
Entre os grupos de alimentos, o destaque foi para a queda registrada nas hortaliças, de 16,5% em dezembro – no acumulado do ano, o recuo foi de 33,6%. Apesar das perdas de produção causadas pelas enchentes, que elevaram o custo dos produtos em algumas regiões durante o período mais crítico da calamidade, os preços mostram que o comportamento climático no restante do ano favoreceu o plantio e a colheita, o que contribuiu para a redução. O preço dos laticínios também recuou ao longo do ano, com queda de 3,5%.
Por outro lado, o grupo de aves e ovos registrou alta de 32% em 2024, com variações regionais que chegaram a ultrapassar 60% no Alto Jacuí. O grupo de óleos e gorduras também apresentou elevação significativa no período, com aumento de 25,1%.
Batata e arroz em queda, carnes em alta
No recorte por alimentos, o arroz registrou queda de 3% em dezembro, encerrando o ano a R$ 5,58 por quilo – o segundo valor mais baixo de 2024, ficando atrás apenas de abril. A batata-inglesa teve redução expressiva de 34% em dezembro, finalizando o ano com o menor preço da série histórica, sendo vendida a R$ 3,99 o quilo.
A uva, com colheita típica do verão, apresentou queda de 33%, com o quilo comercializado a R$ 15,99 no varejo. Entre os itens pesquisados, o repolho foi o que registrou a maior baixa no ano, de 57,2%.
Em contrapartida, os preços das carnes subiram em dezembro. A maior alta foi da alcatra, que registrou aumento de 9,5%, atingindo R$ 56,90 o quilo. Já o peito e a coxa de frango apresentaram variações mínimas, mantendo praticamente os mesmos valores: R$ 24,99 e R$ 12,99 por quilo, respectivamente.
Outro aumento relevante foi o do café moído, que teve alta de 9% em dezembro. O produto encerrou 2024 como um dos itens com maior variação de preço, acumulando elevação de 40%. Entre os produtos pesquisados, a maior alta foi do azeite de oliva, cuja variação positiva foi de 47,3% em 2024.