Terça-feira, 31 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de março de 2020
A tendência é que o preço da gasolina caia para o consumidor.
Foto: Arquivo/Agência BrasilOs preços internacionais do petróleo estão despencando, fator que pode afetar o custo da gasolina e de outros combustíveis no Brasil. A Petrobras adotou, desde 2016, uma política de paridade internacional para definir o preço da gasolina que vende às distribuidoras no País. Em função disso, em tese, a estatal deve promover uma redução nos preços cobrados. Mas esse corte pode demorar a chegar às bombas ou mesmo nem ser sentido pelos consumidores.
A tendência é que o preço da gasolina caia para o consumidor, por conta dessa política de paridade internacional. Mas não imediatamente.
De quanto será essa queda, no entanto, é difícil prever. O preço internacional do petróleo sofreu um choque forte, mas pode mudar rapidamente. Lá fora, a queda de preços depende do estágio da epidemia de coronavírus e da retomada da economia mundial. E também de um possível acordo entre os países produtores de petróleo.
O que diz a Petrobras?
A estatal diz que “monitora o mercado e segue com seu plano estratégico que prepara a companhia para atuar com resiliência em cenários de preços baixos”.
Em nota, a estatal diz que ainda é prematuro fazer projeções sobre os possíveis impactos do tombo dos preços no mercado de petróleo, “dado que ainda não está claro nem a intensidade ou mesmo a persistência do choque nos preços”.
Não necessariamente a queda vai chegar às bombas se a Petrobras reduzir os preços. A empresa define os preços a que vende para as distribuidoras, mas a partir daí os preços são livres, e sofrem outras influências. Distribuidoras e postos podem optar por não repassar a queda, ou repassar uma queda menor.
Além disso, as distribuidoras têm estoques comprados aos preços anteriores, e podem levar um tempo para repassar o corte no valor.
O governo também pode evitar que o consumidor sinta uma queda mais acentuada de preços nas bombas. Isso porque incide, sobre a gasolina e o diesel, um tributo chamado Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) – atualmente em R$ 0,10 por litro.
Como a volatilidade de preços é considerada prejudicial, o governo pode elevar a Cide, deixando os preços mais estáveis para o consumidor. As informações são do portal G1.