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Preço da lentidão foi pago por todos

(Foto: Divulgação)

A pergunta mais insistente que se ouve: quando o governo do Estado pagará as contas em dia? A única resposta: quando tiver dinheiro em caixa. Atualmente, a despesa é maior do que a receita.

Outra pergunta feita com menos frequência: como o governo se embaralhou tanto? Porque a bola de neve veio aumentando há anos e faltou coragem para enfrentar a fratura exposta nos últimos cinco anos. Ficou a impressão de que era esperada uma trupe do festival mundial de mágica para tirar a solução da cartola.

Tocou o despertador

Foram necessários 47 meses de atrasos nos pagamentos para que o governo apresentasse projetos que cortam benefícios de categorias do funcionalismo público. Desse modo, recursos deverão ficar retidos no caixa com chance de a Secretaria da Fazenda atingir o equilíbrio a médio prazo. O próximo passo será a revisão das isenções fiscais.

Sem recuos

No discurso de posse como presidente, ontem pela manhã, o deputado estadual Ernani Polo enfatizou que a Assembleia Legislativa prosseguirá determinada a enfrentar com debates e votações os projetos que pretendem modernizar o governo e tirá-lo da crise financeira. A maioria dos parlamentares passou a ter a visão real do precipício.

Intenção de mudar

Assunto muito referido por deputados ontem, em conversas informais na Assembleia Legislativa, foi a reforma administrativa. Vão sugerir propostas ao Executivo e querem votar até junho. Está também na pauta do Congresso Nacional.

Clima de guerra

Doze deputados estaduais, de oito partidos, reuniram-se ontem à tarde, decididos a frear polpudas indenizações salariais para todos os poderes. Vão abrir uma Comissão Especial e abrangerão todos os poderes, não apenas o Tribunal de Contas do Estado, como previam inicialmente. Pelo clima do encontro, as investigações provocarão ranger de dentes.

Só tapinhas nas costas não adiantam

Lideranças do MDB, no centro do país, seguem homenageando Pedro Simon por seus 90 anos. Deveriam acrescentar pedido de desculpas e revelar os verdadeiros motivos pelo qual nunca permitiram que assumisse o comando do diretório nacional. Preferiram escolher figuras carimbadas e comprometidas com esquemas que vieram a público após investigações da Política Federal. O compromisso de Simon com a política séria, a ética e a honestidade atrapalharia muitos negócios.

Precisa de combustível

O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, começou o ano voando baixo na Câmara Municipal. Semana passada, não conseguiu o número suficiente de vereadores para convocações extraordinárias. Ontem, foi rejeitado, por 23 votos a nove, o projeto de lei do Executivo que previa o fim da obrigatoriedade de cobradores nos ônibus. Entre os contrários, estiveram vereadores da base governista.

Prestígio de dois profissionais

O jornalista Renato Bohusch assumiu ontem a Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Porto Alegre. Substitui o jornalista Renato Sagrega, que foi convidado para exercer o cargo de assessor de Comunicação da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado.

Há 20 anos

A 4 de fevereiro de 2000, mais de 200 mil pessoas realizaram em Moscou ato pelo fim do partido único. Foi a maior manifestação na capital soviética desde a Revolução de 1917. O presidente Mikhail Gorbachev estimulou o protesto e propôs a revisão do regime totalitário criado em 1919. A 26 de dezembro de 2001, houve a dissolução da União Soviética.

Na linha de fogo

O diretor de cinema norte-americano Cecil B. de Mille dizia: “O modo de se fazer um filme é começar com um terremoto e partir daí seguir para o clímax.” É cada vez maior o número de governantes e parlamentares brasileiros que levam o ensinamento para a política.

Há protegidos

A forma como as direções partidárias distribuem o fundo eleitoral transforma-se numa fogueira das desigualdades entre candidatos.

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