Segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 15 de agosto de 2021
Nesta segunda-feira (16), entram em vigor as novas tabelas do gás natural para todos os clientes da Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (Sulgás). O reajuste de tarifas foi autorizado pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), com base no contrato de concessão, que prevê o repasse integral ao mercado do custo de aquisição de gás, que tem sucessivos aumentos ao longo do ano por parte da Petrobras e já acumula alta de 48,7% em 2021.
Os percentuais de reajuste que serão aplicados aos clientes da Sulgás variam em função do segmento atendido. Para o setor industrial, o aumento varia entre 9,18% e 13,17%, conforme a faixa de consumo. No comercial, o reajuste vai de 6,51% a 8,65%, enquanto que para residencial, será entre 5,19% e 7,03%. No caso específico do gás natural veicular (GNV), o aumento será de R$ 0,245 por m³ (sem impostos) sobre o valor cobrado aos revendedores.
Reajuste para cada segmento:
1) Comercial: 6,51% a 8,65%
2) Industrial: 9,18% a 13,17%
3) Residencial: 5,19% a 7,03%
4) Veicular: R$ 0,245 por m³
A última revisão de tarifas da Sulgás foi em abril deste ano, refletindo apenas o aumento do custo do gás para a distribuidora. A Sulgás emitiu comunicado em que diz que: “reitera seu compromisso em buscar preços competitivos no mercado. Atualmente, negocia com supridores selecionados através da Chamada Pública (CP22), com perspectivas de diversificação de fornecedores de gás natural a partir do próximo ano.”
Petrobras
No começo de julho, a Petrobras havia anunciado um reajuste de 7% no preço do gás natural vendido às distribuidoras, com os novos valores nacionais já em vigor desde o dia 1º de agosto.
“A variação decorre da aplicação das fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento, que vinculam o preço à cotação do petróleo e à taxa de câmbio. As atualizações dos preços dos contratos são trimestrais. A referência para esses ajustes é a cotação dos meses de abril, maio e junho. Durante esse período, o petróleo teve alta de 13%, seguindo a tendência de alta das commodities globais; e o Real teve valorização de cerca de 4% em relação ao dólar, em consequência, o ajuste será de 7% em R$/m³”, informou a companhia na época.
O preço final ao consumidor, de acordo com a Petrobras, não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelas margens das distribuidoras. No caso do GNV, o valor final é dado pelos postos de revenda e pelos tributos federais e estaduais. Além disso, o processo de aprovação das tarifas é realizado pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas.