Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 1 de outubro de 2024
As cotações do petróleo, que operavam em queda nos últimos dias no mercado internacional apesar da escalada dos conflitos entre Israel e o grupo extremista Hezbollah no Líbano, passaram a subir com força nessa terça-feira (1°) após a imprensa americana ter noticiado que o Irã estaria se preparando para lançar um ataque com mísseis contra Israel.
E, após o exército israelense ter informado que mais de 100 mísseis foram disparados de Irã em direção ao território de Israel, as cotações aceleraram e o petróleo chegou a subir mais de 5%. O barril do tipo WTI operava em alta de 5,10% e o Brent, de 4,69% pouco depois das 14h.
O petróleo tipo WTI subiu mais de 5% para atingir US$ 71 o barril, revertendo perdas anteriores. O Brent, referência global, subiu 4,69% para perto de US$ 75 o barril. De acordo com as forças de defesa de Israel, todos os civis israelenses estão em abrigos antiaéreos em meio ao ataque.
As ações da Petrobras no Brasil operavam em alta também reagindo à valorização do petróleo. Aliados aos papéis domésticos, que subiam com os juros futuros em baixa, as petrolíferas davam suporte ao Ibovespa, que avançava 0,73%, aos 132.778 pontos.
O dólar fechou em alta nessa terça-feira (1), primeiro pregão de outubro, diante da escalada dos conflitos no Oriente Médio e de olho nos novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, também fechou em alta. Ao final da sessão, o dólar subiu 0,31%, cotado a R$ 5,4640. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,51%, aos 132.495 pontos.
A escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio faz investidores ficarem receosos quanto a oferta do produto. O Oriente Médio responde a pelo menos um terço de toda a produção global do óleo.
O Irã é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo e, nos últimos meses, especialistas têm alertado que uma entrada do país no conflito no Oriente Médio poderia ter graves consequências para o preço do produto.
O envolvimento direto do Irã, membro da Opep, no conflito pode aumentar a possibilidade de interrupções no fornecimento de petróleo na região. A produção do Irã atingiu a máxima em seis anos, a 3,37 milhões de barris por dia em agosto, antes de diminuir ligeiramente em setembro. O país foi o nono maior produtor de petróleo do mundo no ano passado, de acordo com dados americanos.
“O fator-chave para o petróleo bruto será se os sistemas de defesa israelenses serão capazes de proteger contra o ataque e quais ações subsequentes Israel pode tomar”, disse Rebecca Babin, operadora sênior de energia na CIBC Private Wealth. “No curto prazo, podemos ver mais coberturas de posições vendidas em petróleo bruto.” As informações são da agência de notícias Bloomberg e do portal de notícias G1.