Quarta-feira, 09 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 7 de abril de 2025
A cesta básica de Porto Alegre registrou alta de 2,85% em março, passando a custar R$ 791,64, aponta a mais recente pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nessa segunda-feira (7). Trata-se do quarto maior valor dentre as capitais, atrás de São Paulo (R$ 880,72), Rio de Janeiro (R$ 835,50) e Florianópolis (R$ 831,92).
Dos 13 itens que compõem o kit (suficiente para alimentar um adulto durante um mês), seis sofreram aumento no mercado local. As maiores altas foram registradas pelo tomate, batata e café, respectivamente com índices de 49,68%, 12,62% e 8,55%.
Ainda conforme o levantamento, a cesta acumula inflação de 1,01% no primeiro trimestre, com elevação de preços em sete produtos: café (40,4%), tomate (27,17%), pão (2,21%), carne (2,16%), farinha de trigo (2,14%), leite (1,54%) e açúcar (0,87%).
Por outro lado, seis itens ficaram mais baratos: batata (-42,33%), feijão (-8,86%), arroz (-6,7%), banana (-5,74%), manteiga (-1,01%) e óleo de soja (-0,2%).
Já no acumulado dos últimos 12 meses, a cesta registra variação positiva de 1,83%. A pesquisa também apontou que, considerando-se o salário mínimo líquido (após o desconto de 7,5% da Previdência Social), o trabalhador precisou comprometer 56,38% da remuneração de março para adquirir os produtos da cesta básica – em fevereiro, o índice havia sido de 54,82%, ao passo que em março de 2024 era de 59,52%.
A pesquisa do Dieese calculou, ainda, o tempo de trabalho necessário a quem recebe um salário mínimo para que adquira a cesta básica: 114 horas e 44 minutos. Em fevereiro, esse tempo havia sido estimado em 111 horas e 34 minutos. Em março do ano passado, por sua vez, eram 121 horas e 08 minutos.
(Marcello Campos)