Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de abril de 2022
O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira (28) com o aumento da probabilidade da Alemanha se unir a outros membros da União Europeia em um embargo ao petróleo russo, o que pode apertar ainda mais a oferta no mercado global de petróleo, que já está ajustada.
Traders estavam reagindo aos relatos publicados na mídia sobre comentários do ministro da Economia alemão, Robert Habeck, na última terça (26), que disse que a maior economia da UE poderia lidar com um embargo do bloco às importações de petróleo russo e a Alemanha esperava encontrar maneiras de substituir a commodity da Rússia por outras alternativas.
“A aparente decisão da Alemanha de remover sua oposição a uma sanção de petróleo russa parece percorrer um longo caminho na direção de um banimento geral da UE, que reduziria ainda mais a disponibilidade de petróleo russo no mercado global”, disse Jim Ritterbusch, presidente da Ritterbusch and Associate em Galena, Illinois.
Os contratos futuros do Brent avançaram US$ 2,27 para fechar a US$ 107,59 o barril, enquanto o petróleo dos EUA subiu US$ 3,34, ou 3,3%, para US$ 105,36.
A Alemanha depende muito das importações de energia da Rússia e se opôs anteriormente a uma proibição total das compras.
Antes da guerra na Ucrânia, o petróleo russo representava cerca de um terço do suprimento da Alemanha. Há um mês, Habeck disse que o país havia reduzido sua dependência do petróleo russo para 25% das importações.
Fornecimento de gás
A estatal russa Gazprom interrompeu o fornecimento de gás natural russo para a Polônia e a Bulgária.
Os dois países, assim como outros da União Europeia, recusaram-se a pagar pelo gás natural em rublos, uma exigência de Moscou para estabilizar e impulsionar sua moeda diante das sanções de países do Ocidente.
Além disso, a Polônia tem oferecido grande apoio à Ucrânia – é a nação que acolheu o maior número de refugiados da guerra, serve de rota de transporte para armas enviadas por países do Ocidente à Ucrânia e, nesta semana, confirmou que enviará tanques para Kiev.
Em visita ao Chile nesta quinta, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que a Europa têm capacidade de substituir o gás que vem da Rússia.
“Temos a capacidade para reabastecer os estoques de gás e distribuí-los entre nós, porque não é apenas um via de mão única. Dentro da rede europeia, o gás pode circular de um país para outro”, explicou Borrell em uma conferência de imprensa em Santiago.
“Todos os estados membros estão unidos em uma resposta solidária, o que acontece com a Polônia e a Bulgária também acontece com a União como um todo”, lembrou.