Domingo, 20 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de outubro de 2019
Um documento averbado em cartório revela que o Edifício Andrea, que desabou na manhã desta terça-feira (15) em uma área nobre de Fortaleza, foi registrado no ano de 1982 já com a informação de que possuía seis andares e a cobertura, que era o sétimo andar do prédio residencial.
O documento atesta a legalidade do imóvel e contradiz o que a prefeitura de Fortaleza informou inicialmente, que o imóvel era irregular. O registro apresenta uma matrícula para cada apartamento, todas cadastradas junto à prefeitura.
O desabamento da Edifício Andrea causou a morte de ao menos duas pessoas. No início da tarde desta quarta-feira (16), nove pessoas seguiam desaparecidas e outras nove haviam sido resgatadas.
De acordo com o documento, o edifício foi averbado pela Imobiliária Alpha, com registro dos 13 apartamentos e da cobertura em 6 de abril de 1982. A reportagem não conseguiu contato com a Imobiliária Alpha.
Conforme o documento, cada apartamento possuía área privativa de 136,44 metros quadrados e uma área comum de 28,86m². Apenas a cobertura, que era o apartamento nº 701, tinha uma área privativa maior, de 172,20m² e uma área comum de 36,51m². A área total do terreno foi registrada com 681m².
Um novo vídeo divulgado nesta quarta-feira mostra o momento em que o prédio desmorona. Nas imagens é possível identificar cinco pessoas correndo no instante em que o prédio ruiu. O governo do Ceará e a prefeitura de Fortaleza informaram, por meio de nota, que o resgate às vítimas do desabamento se mantém ininterrupto desde o início dos trabalhos.
Documento atesta registro do edifício no cartório. (Foto: Reprodução)