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Prefeitura de Porto Alegre anuncia abrigo exclusivo para mulheres e crianças após casos de estupro

Os locais específicos para mulheres e crianças contarão com segurança particular. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

A prefeitura de Porto Alegre anunciou a criação de um abrigo emergencial voltado para atender mulheres e crianças. A medida ocorre após relatos de violência e estupro em locais que recebem desabrigados em função das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul.

Segundo a secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, seis homens são suspeitos de cometer abusos sexuais. O governador Eduardo Leite confirmou que os seis casos de violência sexual ocorreram em abrigos.

“Nos casos de abuso relatados, nossas equipes de segurança entraram imediatamente em operação e as pessoas [suspeitas] foram presas”, informou Leite, acrescentando que, nos seis casos, as vítimas eram crianças parentes das pessoas detidas.

O abrigo anunciado pela prefeitura será instalado no Foro Regional do Partenon, na Zona Leste da capital gaúcha, por meio de parceria com entidades do Poder Judiciário durante este final de semana.

Os locais específicos para mulheres e crianças contarão com segurança particular, mas os demais abrigos também devem receber o auxílio. A prefeitura fez ainda um balanço do número de pessoas acolhidas.

São 13,1 mil pessoas acolhidas em 140 estruturas emergenciais na capital gaúcha. Desse total, 127 passaram a contar com segurança privada das 19h às 7h desde a noite de quinta-feira (9).

Antes do anúncio da prefeitura, voluntários já buscavam montar abrigos exclusivos para mulheres e crianças.

Em nota, o Ministério das Mulheres informou que ministra recebeu as denúncias na noite de terça-feira (7) e desde a manhã de quarta, criou um grupo de trabalho interno para construir medidas e articulações, assim como para manter o diálogo com representantes da sociedade civil lá no Estado.

A pasta ainda informou que desde as denúncias, as forças policiais do RS relataram ter aumentado a segurança nos abrigos. O Ministério das Mulheres está organizando a ida da ministra até o Estado e também de uma equipe para ficar no local, entre outras ações.

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