Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de maio de 2022
A empresa contratada terá prazo de cinco meses para a conclusão dos trabalhos, que incluem a separação, remoção e transporte dos entulhos.
Foto: Alex Rocha/PMPANesta quinta-feira (5), a prefeitura de Porto Alegre iniciou o processo de demolição do prédio que abrigava a antiga Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic). O local está sendo cercado para garantir a segurança da comunidade que circula pelo entorno. A empresa Base Demolições & Serviços, contratada pela Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), tem prazo de cinco meses para a conclusão dos trabalhos, que incluem, ainda, a separação, remoção e transporte dos entulhos gerados. O valor final dos serviços será de R$ 351,95 mil.
Segundo o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa, a decisão pela demolição ocorreu após a emissão de um laudo, pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (Smoi), que atestava não haver condições de habitabilidade no prédio. “Buscamos solucionar diversas questões como a insegurança pública do local, por anos utilizado como ponto de drogadição e de furtos. Foram encontrados, ainda, focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue e degradação estrutural na edificação, com risco de desabamento. Além disso, o local poderia sofrer novas invasões”, informou.
A retirada do prédio, segundo a Caixa Econômica Federal, valoriza o imóvel em R$ 600 mil. O terreno está avaliado em quase R$ 7 milhões sem a edificação.
Prédio da Smic
Inaugurado em 1972, o imóvel tem 3.813 m², com 1.358,62 m² de área construída. Em janeiro de 2021, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) entregou, formalmente, à prefeitura de Porto Alegre, um pedido de cessão de uso do imóvel para implementação de um parque tecnológico. Após um ano de tratativas, a prefeitura informa que a UFRGS desistiu da parceria. Em março deste ano, o local foi “invadido “, conforme cita o Executivo Municipal, por um grupo indígena que reivindicava a criação de uma Casa do Estudante indígena pela UFRGS.
Atualmente, o local integra lista de 98 bens municipais que aguarda autorização legislativa para venda. “Nas condições em que se encontra, o prédio oferece riscos à população e não se adequa a qualquer tipo de ocupação. Após a demolição, daremos ao terreno a destinação que traga maiores benefícios à sociedade, seja ela alienação, troca ou cessão de uso”, completa o secretário.