A prefeitura de Porto Alegre recomendou à ATP (Associação dos Transportadores de Passageiros) que não conceda aumento salarial aos rodoviários neste ano. Atualmente, segundo o Executivo municipal, o custo da mão de obra (motoristas e cobradores) do transporte coletivo da Capital é o segundo maior do País.
“Somente esse item representa quase 50% do valor da tarifa. Os motoristas ganham 20% a mais que a média nacional, e os cobradores têm remuneração até 29% superior a outras cidades brasileiras”, afirmou a prefeitura.
“Desde 2017, a prefeitura de Porto Alegre propôs todas as alternativas já testadas em vários municípios e países para diminuir o valor da passagem de ônibus. O Legislativo não se mostrou sensível ou propositivo à pauta. Os próprios rodoviários trabalharam contra as alternativas propostas. Todas as ações que dependiam da organização e gestão da prefeitura foram realizadas. A prefeitura acrescentou novas propostas às que tramitam desde 2017 sem enfrentamento pelos vereadores. Os rodoviários são contra, e não vemos em parte do Legislativo o desejo de aprovação ou de sugestão de outras medidas. O valor da passagem, que já é elevado, caminha para patamares ainda mais inaceitáveis. Sem novas fontes de financiamento, sem reduzir os gastos, não é suportável mais nenhum acréscimo nos custos, como aumento salarial, pois os mesmos, por força de lei, irão compor o reajuste da tarifa”, diz nota divulgada pelo Executivo.