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Presa por corrupção, ex-delegada processa o governo do Rio de Janeiro e quer indenização de mais de 850 mil reais

A ex-delegada Adriana Belém foi flagrada com quase R$ 1,8 milhão em casa, na Operação Calígula. (Foto: Reprodução)

A ex-delegada Adriana Belém, flagrada com quase R$ 1,8 milhão em casa, na Operação Calígula, está processando o Estado do Rio de Janeiro. Em duas ações, ela pede a condenação do Executivo para receber R$ 851.093,28 de indenização referentes a e licenças-prêmios não tiradas enquanto estava na ativa e antes de ser presa.

As ações correm na 13ª e 4ª Varas de Fazenda Pública. Na primeira ação, a juíza Luciana Losada Albuquerque negou o pedido de gratuidade de justiça feito pela ex-policial. Na segunda, o juiz Afonso Henrique Ferreira Barbosa disse, em seu despacho, que o parcelamento das taxas judiciárias e custas ao final do processo não se justificavam, uma vez que o salário da autora “é demasiadamente superior à medias da população brasileira”. A ex-delegada recebe de salário bruto cerca de R$ 44 mil mensais.

A ex-policial, que responde por corrupção passiva, alega que “trabalhou de graça” para o Estado por meses contando os dias de férias não tirados e 15 meses de licenças-prêmio agora reclamadas. De férias, a ex-delegada, aposentada em outubro do ano passado, quer receber R$ 319.159,98 e de licenças-prêmio R$ 531.933,30.

Adriana Belém foi solta em outubro do ano passado, liberada pela Justiça para responder em liberdade pelos crimes apurados no curso da Operação Calígula. A ação teve como alvo uma rede, envolvendo agentes da Segurança Pública do Rio, suspeita de facilitar jogos de azar.

Na casa da delegada, os agentes do MPRJ encontraram R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo. À época, a Justiça entendeu que a apreensão do valor elevado em espécie no apartamento de Belém justificava a manutenção da prisão dela.

A delegada, naquele momento, também exercia o cargo de secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio.

No final de março de 2023, a ex-delegada foi batizada na igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. O momento, vivido ao lado do filho, Gabriel Belém, foi compartilhado nas redes sociais.

O responsável pela cerimônia foi o pastor auxiliar da igreja, o ex-cantor de pagode Waguinho, que ficou conhecido como integrante do grupo Os Morenos, na década de 1990. Nas redes sociais, o pastor compartilhou um vídeo do momento em que Adriana, ao lado do filho, é batizada. “Batizar minha irmã em CRISTO delegada Adriana Belém e seu filho Gabriel Belém. É muito lindo ver essa FAMÍLIA na Presença do SENHOR”, escreveu o pastor nas redes sociais.

A delegada aposentada também usou as redes sociais para falar sobre o momento: “Nasci de novo”, diz placa segurada por Belém ao lado do filho. A igreja onde o batismo aconteceu Assembleia de Deus Vitória em Cristo do Recreio é comandada pelo pastor Silas Malafaia. As informações são dos jornais O Globo e O Dia.

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