Terça-feira, 28 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2025
Mitsubishi L200 e Toyota Hilux eram os principais alvos dos criminosos
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira (27) a Operação Alto Luxo com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa especializada em furtar, adulterar e comercializar caminhonetes de luxo em Porto Alegre e Canoas, na Região Metropolitana.
Mitsubishi L200 e Toyota Hilux eram os principais alvos dos criminosos, que, na Capital, atuavam especialmente no bairro Moinhos de Vento. Após seis meses de investigação, a operação policial ocorreu em Frederico Westphalen, Seberi, São Leopoldo e Canoas. Seis bandidos foram presos.
Segundo o delegado Luis Firmino, as investigações revelaram que o grupo utilizava equipamentos eletrônicos avançados para acessar e ligar os veículos. Em média, os criminosos levavam menos de 30 segundos para desbloquear e dar a partida nas caminhonetes. Após o furto, os veículos eram levados para galpões ou oficinas clandestinas, onde tinham as suas placas de identificação adulteradas.
“Esses criminosos têm um conhecimento técnico impressionante e utilizam ferramentas modernas para acessar veículos de luxo em tempo recorde”, destacou Firmino.
“As caminhonetes eram furtadas na cidade de Canoas e na região do bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Porém, a atuação do grupo se estendia a outras cidades do Rio Grande do Sul, como Passo Fundo, e até ao Estado de Santa Catarina, indicando um esquema amplo e bem organizado”, informou a Polícia Civil.
“A organização criminosa ocultava e movimentava os veículos de maneira eficaz, uma vez que, na maioria das vezes, as caminhonetes foram encontradas longe dos locais dos furtos. O grupo também demonstrava coordenação em suas ações, utilizando uma rede de locais e pessoas para garantir a segurança e controle sobre os veículos furtados. Por meio de estratégias como ocultação em áreas de difícil acesso e constante troca de veículos entre diferentes locais e indivíduos, os criminosos reduziam o risco de detecção e aumentavam as chances de sucesso em suas operações. Posteriormente, as caminhonetes eram revendidas no mercado paralelo, muitas vezes por meio de plataformas digitais, com preços atrativos para atrair compradores desavisados”, prosseguiu a polícia.
As investigações prosseguem a fim de identificar outros possíveis integrantes do grupo e compradores que adquiriram veículos adulterados. A Polícia Civil reforçou a importância de verificar a procedência dos veículos antes da compra e alertou sobre ofertas com preços muito abaixo do mercado.