Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2021
Criminosos usavam pequenas aeronaves em voos clandestinos, pousando em aeroclubes
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA Polícia Civil, por meio do Denarc (Departamento de Investigações do Narcotráfico), deflagrou, nesta quinta-feira (16), a Operação Golf, no combate ao tráfico de drogas visando desarticular organização criminosa que operava voos clandestinos para trazer uma grande quantidade de drogas para o Rio Grande do Sul.
A investigação teve início após uma apreensão realizada no final de abril em que foram apreendidos 46 quilos de cocaína, além de 14,6 quilos de insumos, 500 gramas de maconha, 430 comprimidos de ecstasy, uma pistola glock e três veículos, em ação que contou com apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
No decorrer da investigação, foi constatado que o grupo trazia em torno de 200 quilos de drogas semanalmente para o Estado, utilizando pequenas aeronaves, em voos clandestinos, pousando em pequenos aeroclubes e dali transportando e distribuindo as drogas para o restante do Estado.
No final da tarde de quarta-feira (15), após monitoramento de um avião utilizado pela quadrilha, os agentes prenderam dois indivíduos que estavam com mandado de prisão preventiva decretada. Eles haviam realizado voos dentro do Estado e foram presos após pousarem em Novo Hamburgo. Com eles foram apreendidos 4 mil dólares, documentos e equipamentos.
Na manhã desta quinta, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Gravataí, São Leopoldo, Capão da Canoa e no Estado de São Paulo, nas cidades de Araras e Bragança Paulista, resultando na prisão de mais duas pessoas e na apreensão de uma aeronave.
Além de dois operadores presos em abril, da esposa de um deles que executava tarefas de controles financeiros, foram presos um mecânico de aeronaves, um piloto e o responsável pela célula criminosa, no qual recaí a suspeita de receber ordens diretamente do sistema penitenciário federal.
Segundo o delegado Siqueira, esta operação, que durou seis meses, deu um duro golpe logístico e financeiro na maior facção do Estado, com base no Vale do Sinos, e que possui estreita relação com uma organização criminosa do estado de São Paulo, que opera em todo o País.
A ação integra a estratégia da Polícia Civil de intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas pelo tráfico de drogas e de focar no enfraquecimento das grandes organizações criminosas.