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Presencial x home office: grandes empresas de tecnologia querem que seus empregados voltem para o escritório

Em 2020, a pandemia de coronavírus ensinou muitas empresas a trabalhar remotamente. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em 2020, a pandemia de coronavírus ensinou muitas empresas a trabalhar remotamente. As big techs, grandes companhias de tecnologia do mundo, foram as que mais abraçaram o formato: com recursos, equipamentos e uma cultura menos tradicional, o lema do “trabalhe onde quiser” era um requisito para sobreviver à crise.

Mas agora, quatro anos depois do pico do afastamento social, essas empresas estão querendo trazer seus funcionários novamente para os escritórios. Companhias como Google, Amazon e até o Zoom disseram que os projetos funcionam melhor quando as pessoas estão reunidas.

O argumento de agora é que os anos de pandemia teriam evidenciado a dificuldade na comunicação, a falta de funcionários “engajados” e a segurança de dados dessas empresas. Para muitas delas, é mais fácil ter o controle do que entra e sai da companhia se seus colaboradores estiverem trabalhando presencialmente. Veja abaixo como as principais empresas de tecnologia estão lidando com o home office.

– Amazon: Em julho do ano passado, Andy Jassy, CEO da empresa, confirmou os planos da Amazon de ter seus funcionários nos escritórios em três dias da semana. Agora, a Amazon é mais uma das big techs que vai pedir para que seus funcionários retornem aos escritórios por cinco dias na semana. A medida foi anunciada pelo CEO da empresa, Andy Jassy, na última segunda-feira, em um memorando enviado aos funcionários.

– Apple: Uma das únicas empresas que não fizeram demissão em massa durante os anos da pandemia, a Apple tenta trazer seus funcionários de volta para os escritórios desde 2020, em planos divididos em fases. Agora, desde o ano passado, a californiana também entrou para a lista das empresas que querem seus colaboradores nos escritórios ao menos três vezes na semana.

Segundo o site americano Plataformer, a exigência cresceu em março deste ano, quando a Apple passou a controlar a frequência de seus funcionários na sede a partir dos registros de crachás na entrada e na saída do expediente. Aos que não cumprirem a carga horária mínima presencial, advertências poderiam ser distribuídas, de acordo com o site.

– Google: O Google é mais uma das companhias que passaram a exigir que os funcionários compareçam aos escritórios três vezes na semana. De acordo com um memorando visto pelo jornal americano The Washington Post em junho deste ano, a empresa afirmou que as ausências serão consideradas na avaliação de desempenho individual de cada colaborador.

“Nossa abordagem híbrida é criada para incorporar o melhor de estarmos juntos pessoalmente com os benefícios de trabalhar em casa durante parte da semana. Agora que estamos há mais de um ano nessa forma de trabalhar, estamos formalmente integrando essa abordagem em todas as nossas políticas de trabalho”, disse o porta-voz do Google, Ryan Lamont ao jornal americano.

– Meta: A empresa de Mark Zuckerberg foi mais radical quanto ao trabalho remoto durante a pandemia: em 2020, ele afirmou que os funcionários poderiam escolher se queriam trabalhar em home office pelos próximos cinco ou dez anos.

Mas o empresário mudou de ideia e exigiu que alguns dos seus funcionários voltassem a estar nos escritório. No ano passado, Zuckerberg enviou comunicado dizendo que o trabalho desenvolvido na empresa era mais “refinado” quando feito presencialmente.

– Microsoft: A Microsoft é uma das únicas gigantes de tecnologia que ainda preservam flexibilidade em relação ao trabalho presencial. De acordo com a empresa, os funcionários podem trabalhar remotamente em “50% do tempo”. Para ficar mais tempo em casa, os horários são negociados diretamente com cada gestor de área.

– X (antigo Twitter): Desde que Elon Musk assumiu a rede social, o trabalho presencial foi exigido, já que o bilionário demonstrou não ser adepto do home office. Nos primeiros meses sob a direção de Musk, a empresa viralizou por ter funcionários dormindo nos escritórios – além das demissões que somaram mais de 80% do quadro de colaboradores.

– Nubank: Adotado em 2020, o modelo remoto de trabalho do Nubank prevalece até os dias de hoje, em uma tendência que vai na contramão do mercado de empresas de tecnologia, que estão pedindo para seus funcionários retornarem aos escritórios em modelo total ou parcial. Na empresa, a cada três meses, os funcionários devem comparecer ao escritório da companhia por uma semana. São cinco dias de trabalho para cada 90 dias em casa.

– Zoom: A empresa pediu, no começo de agosto, que seus colaboradores que moram até 80 quilômetros de distância dos escritórios retornem, pelo menos, duas vezes na semana de forma presencial. A companhia demitiu cerca de 15% do seu quadro de funcionários em fevereiro deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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