Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Em menos de um ano, iremos às urnas para definir o novo presidente do Brasil. Depois de muitos anos de certa estabilidade política, em que PT e PSDB disputavam os principais postos políticos do País, com o PMDB nos bastidores, vemos um cenário um tanto diferente para o ano que segue. Seguramente essa realidade de muitos candidatos se dá em função da necessidade de reinvenção política após todos os escândalos de corrupção observados nos últimos anos.
O fato de os escândalos políticos terem vindo à tona tornou-nos mais exigentes para a futura eleição. Entretanto, esses desvios morais e éticos acabaram por conduzir boa parte da população a buscar ideologias extremas, sejam de direita, sejam de esquerda. Qualquer forma de extremismo político é negativa, visto que o indivíduo permanece reduzido e à mercê de seus governantes. Felizmente, esses mesmos escândalos motivaram muitos “não políticos” a entrar na política, a fim de reformar o nosso sistema falido. Nomes como João Amoêdo (Partido Novo) e Luciano Huck (ainda sem partido) são a prova disso. João Doria (PSDB) é outro exemplo, porém, não deverá concorrer à Presidência em 2018.
Temos pelo menos dez nomes fortes que pensam em concorrer no ano que se avizinha. Os dois principais, segundo as pesquisas, são Lula (PT) e Bolsonaro (atualmente PSC, futuramente PEN). Ambos representam a velha política estatista que acredita deter a dádiva de tomar as melhores decisões para os cidadãos. Acreditam na máquina estatal pesada e controladora. O primeiro tem grandes chances de ser condenado em pelo menos um dos seis processos contra ele que tramitam no Judiciário. O segundo mostra-se bastante polêmico e agressivo quando o assunto é direitos humanos, além de ser muito próximo às forças militares. Após essa série de escândalos, deveríamos ter também evoluído nas intenções de voto, mas, lamentavelmente, esse não parece ser o cenário.
A mudança requer coragem. A evolução é sempre um desafio. Não podemos nos acovardar e seguir o pragmatismo político de votar na opção tida como mais forte apenas para desbancar este ou aquele candidato que não queremos no poder. Temos de ser consistentes com nossas próprias crenças e votar naquele candidato que se mostra capaz de mudar o establishment político, tirando o poder centralizado das mãos dos políticos e passando para a livre sociedade civil organizada, ou seja, os indivíduos. A hora de buscar novos nomes e construir uma nova política é agora, e vejo apenas uma legenda capaz de fazê-lo: Partido Novo.
Felipe Morandi é empresário e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.