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Acontece Presidente da AGAS destaca reivindicações para desenvolvimento do setor durante a abertura da Expoagas 2018

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Antonio Cesa Longo, presidente da AGAS. (Crédito: Dani Villar)

Começou hoje (21) a 37ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2018. Organizado pela Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS),o evento reúne 372 expositores e espera mais de 48 mil visitantes até o dia 23 de agosto, no Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre. A expectativa da entidade é movimentar R$ 506 milhões em negócios durante esta edição. A cerimônia de abertura contou com presenças como o vice-governador do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli; o presidente da AGAS, Antônio Cesa Longo; o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto; além de outras autoridades e lideranças do setor.

Longo conceituou a corrupção como o maior problema do País, porém explanou que uma reforma cultural na forma de agir e pensar é iminente. “Mais do que copiar qualquer sistema de Governo dos Estados Unidos, já que os cenários são obviamente diferentes, defendemos que nós, enquanto brasileiros, precisamos nos inspirar nas três palavras mágicas do desenvolvimento norte-americano: coletividade, liberdade e responsabilidade”, relatou o presidente da AGAS.

Como solução, Longo reitera que o emprego é e sempre será o melhor e mais eficiente programa social, principalmente na formação de cidadãos. “Estamos otimistas com a Feira, mesmo que a esperada retomada da economia brasileira ainda não tenha sido sentida pela maioria de nossas empresas. Entretanto, estamos galgando importantes conquistas, como a Reforma Trabalhista, oportunizando a retomada da criação de novas vagas de trabalho, através do trabalho Intermitente, assim que ocorrer a diminuição da insegurança jurídica”, relatou. E concluiu: “Se o cenário econômico não é o mais favorável, vamos ajustar as velas do nosso barco e enfrentar todas as tormentas para que sejamos exitosos ao final de mais esta viagem. Afinal, é nas grandes tempestades que se forjam os melhores marinheiros”.

A presidente da Federasul, Simone Leite, foi agraciada com a Medalha Supermercadista Honorário. Simone afirmou ser uma honra receber a distinção: “Divido este mérito com todas as mulheres, as que aqui estão, mas também as que estão trabalhando neste momento e contribuindo para gerar riqueza”, disse. O vice-governador foi breve e destacou o Estado como um ambiente do empreendedor e do produtor, que contribuem para o desenvolvimento da economia. “O segmento é fundamental para o futuro do Rio Grande do Sul”, falou Cairoli. Já o presidente da ABRAS, João Sanzovo Neto, classificou o evento como um local que carrega oportunidades únicas para todos que dele participam: “Não há mais espaço para experiências ruins de compra nos supermercados. É preciso buscar continuamente a capacitação”.

Painel com lideranças do varejo, indústria e setor produtivo
O debate teve o objetivo de debater temas importantes no contexto econômico, social e político do Rio Grande do Sul. Participaram do debate a presidente da Federasul, Simone Leite; o presidente da Fecomércio, Luiz Carlos Bohn; o presidente da Farsul, Gedeão Pereira; o empresário, Eduardo Bier; e o editor da Varejo S.A., Sérgio Alvim. A mediação foi responsabilidade do jornalista, Tulio Milman.

Bohn abordou a temática do novo sindicalismo e destacou que a Reforma Trabalhista era uma transformação necessária. “O Brasil possui 17 mil sindicatos. 10% empresariais e 90% laborais. Grande parte nunca aprovou uma convenção coletiva, principal atribuição da entidade”, justificou. Segundo ele, a reforma é uma flexibilização e como no caso dos supermercados em abrir ou não nos feriados, precisam ser agentes da negociação do grande grupo: “O novo sindicalismo significa atuar pelo segmento e não pela entidade”. Já o presidente da Farsul enalteceu a relação entre a atuação dos negócios no campo e nos supermercados. “O agronegócio não existe sem o varejo e o varejo obtém sucesso por meio da nossa atuação”, revelou, informando que o setor importa R$ 14 bilhões de reais e que 80% do que é produzido internamente é consumidor no Brasil. “Servimos a mesa de toda a população brasileira e também de outros países”, discorreu.

Empreendedorismo foi o assunto apresentado por Eduardo Bier, que com 13 anos teve a primeira experiência como empresário ao comercializar rodas de skate. “Foi a minha mini-empresa, projeto no qual aprendi a controlar estoque e ter uma noção de gestão”, relatou. Em 95 inaugurou a Dado Bier Porto Alegre, após viajar por dois anos pela Europa pesquisando e aprendendo sobre o segmento. “O nosso restaurante de São Paulo já foi considerado o melhor restaurante do mundo. O que nos impede de sermos os melhores são apenas as barreiras do nosso pensamento”, frisou. Por fim, afirmou ter como objetivo de vida a busca incessante pela felicidade, valendo-se como elo do sucesso financeiro.

Simone Leite destacou que o engajamento cívico é fundamental para alcançar uma transformação no país. “Precisamos ocupar espaços para tomada de decisão. Não adianta nada elegermos o melhor governador sem selecionarmos muito bem o voto para compor a Assembleia Legislativa”, contou. Por fim, o editor da Varejo S.A., Sérgio Alvim, informou as características do novo consumidor e como as empresas devem enxergar este processo: “É preciso conhecer e mapear os clientes, além de valer-se de tecnologias para reunir dados e utilizá-los”. O jornalista ainda citou o case da Amazon que ultrapassou em valor de mercado o maior varejista do mundo. “As pessoas acreditam que isto ocorreu pelo e-commerce. Mas não enxergam que isto só foi possível porque a empresa é obcecada pelo consumidor”, finalizou.

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