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Mundo Presidente da Alemanha dissolve o Parlamento e abre caminho para eleições antecipadas em fevereiro

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O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, alertou a população sobre os desafios que o próximo governo enfrentará. (Foto: Reprodução)

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, dissolveu nessa sexta-feira (27) o Parlamento (Bundestag) e convocou eleições antecipadas para 23 de fevereiro. A medida estava prevista como parte do processo de dissolução do governo alemão, após parlamentares terem aprovado a moção de desconfiança do chanceler Olaf Scholz na semana passada.

O governo de Scholz colapsou em novembro, após ele ter demitido o ministro das Finanças, Christian Lindner, em meio à disputa sobre como revitalizar a economia estagnada do país. Com a medida, o chanceler encerrou sua aliança de três partidos com os Verdes e os Democratas Livres (FDP) – o que, na prática, fez com que ele perdesse a maioria no Parlamento, abrindo caminho para uma eleição nacional sete meses antes do fim previsto para o seu mandato de quatro anos.

Em discurso, o presidente alemão disse estar “convicto de que novas eleições são o caminho certo para o bem do país”, justificando a dissolução do Parlamento, uma medida excepcional, ao afirmar que, “especialmente em tempos difíceis como agora, é necessário um governo capaz de agir e maiorias confiáveis”. Steinmeier também alertou a população sobre os desafios que o próximo governo enfrentará, dada a “situação econômica instável, as guerras no Oriente Médio e na Ucrânia” e os contínuos debates sobre imigração e mudanças climáticas.

“O ódio e a violência não devem ter lugar nesta campanha eleitoral, tampouco a difamação ou intimidação. Tudo isso é veneno para a democracia”, declarou o mandatário alemão.

Na prática, a campanha já está em andamento. Com menos de dois meses para o pleito, os conservadores da oposição (União Democrata Cristã Alemã), liderados por Friedrich Merz, estão bem à frente nas pesquisas. O Partido Social Democrata (SPD) de Scholz está em terceiro lugar, atrás do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com os Verdes em quarto. Se as sondagens recentes se confirmarem, o próximo governo provavelmente será liderado por Merz como chanceler, em coalizão com pelo menos um outro partido.

O bloco de centro-direita CDU/CSU de Merz tem hoje cerca de 31% de apoio, segundo a média das pesquisas da Bloomberg. O AfD aparece na sequência, com cerca de 19%, e o SPD, de centro-esquerda, com 16%. Os Verdes têm aproximadamente 13%, enquanto o FDP de Lindner, o ministro das Finanças demitido por Scholz, corre o risco de não alcançar o limite de 5% necessário para entrar no Parlamento, com 4%.

Lars Klingbeil, co-líder do Partido Social Democrata de Scholz, disse esperar que a sigla comece a reduzir a diferença para os conservadores em janeiro, indicando que ainda acredita que pode emergir novamente como o mais forte. Na última eleição, em 2021, o SPD saiu de trás nas semanas finais de campanha para garantir quase 26% dos votos, alcançando o primeiro lugar e superando o CDU/CSU, que obteve 24%.

“ Cada vez mais cidadãos irão se perguntar: queremos Olaf Scholz como chanceler ou Friedrich Merz?”, disse Klingbeil em entrevista publicada pelo jornal alemão Tagesspiegel na quinta-feira. “Temos o melhor candidato, a melhor equipe, o melhor programa.”

O populista e anti-imigração Alternativa para a Alemanha, que está registrando bons números nas pesquisas, nomeou Alice Weidel como sua candidata à chancelaria, mas não tem chance de assumir o cargo, pois os demais partidos se recusam a trabalhar com a sigla. O sistema eleitoral alemão tradicionalmente produz coalizões, e nenhuma legenda está perto de alcançar a maioria absoluta por conta própria, segundo as pesquisas. A eleição deverá ser seguida por semanas de negociações para formar um novo governo, publicou a Associated Press.

Esta é a quarta vez que o Parlamento é dissolvido antecipadamente sob a Constituição alemã pós-Segunda Guerra Mundial. A medida ocorreu anteriormente sob os governos dos chanceleres Willy Brandt em 1972, Helmut Kohl em 1982 e Gerhard Schroeder em 2005. Este último usou a votação de confiança para viabilizar uma eleição antecipada, que foi vencida por uma pequena margem por Angela Merkel, que governou o país até Scholz assumir no final de 2021. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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https://www.osul.com.br/presidente-da-alemanha-dissolve-o-parlamento-e-abre-caminho-para-eleicoes-antecipadas-em-fevereiro/ Presidente da Alemanha dissolve o Parlamento e abre caminho para eleições antecipadas em fevereiro 2024-12-27
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