O presidente da Argentina, Alberto Fernández, homenageou neste domingo (27) os quase 100 mil mortos por Covid-19 no país, em ato no CCK (Centro Cultural Kirchner) junto com representantes de diferentes credos religiosos e trabalhadores essenciais.
“Esta é uma cerimônia de recolhimento e reflexão em homenagem às pessoas que morreram de Covid-19, dessa pandemia que assola a humanidade. As milhões de pessoas que morreram até agora chocaram o mundo inteiro. Assim como os quase 100.000 mortos em nosso país nos desafiam na parte mais profunda”, disse o presidente, único orador da homenagem.
Na presença de quase todos os governadores e da primeira-dama, Fabiola Yáñez, Fernández, acompanhado de algumas crianças, acendeu 24 velas em homenagem às vítimas do coronavírus nas 24 províncias argentinas, após o que se fez um minuto de silêncio.
“O vírus é invisível, mas é agressivo, destrói e inflige muita dor”, disse o presidente em breve mensagem lida na cerimônia realizada no Salão de Escudos do CCK e transmitida por todos os meios de comunicação.
No final da cerimônia, cada um dos presentes colocou uma rosa branca ao lado das velas, enquanto se ouvia o “Adiós Nonino”, do compositor Astor Piazzola. Assim como havia representantes de todos os credos religiosos, povos indígenas e da comunidade afro-argentina, a música tocada ia do lírico ao tango, do folclore ao rock, enquanto a atriz Laura Novoa lia poemas de renomados autores argentinos.
“Nossa homenagem, depois de passar por esse tempo de dor, será construir uma Argentina unida e solidária, que sempre cuide da saúde de seus habitantes. (…) Cuidando, recuperando, reconstruindo, para que possamos olhar para o futuro com memória e esperança”, disse Fernandez.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a Argentina registrou quase 4,4 milhões de infecções e 92.317 mortes por Covid-19, segundo dados oficiais.
Nas últimas semanas, a Argentina acelerou a campanha de vacinação e 19,7 milhões (44%) de seus 45 milhões de habitantes têm pelo menos uma dose das diferentes vacinas do país. Enquanto isso, 3,9 milhões receberam as duas doses, segundo dados oficiais deste domingo.