A CPAC (Conferência de Ação Política Conservadora), realizada em Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina, tem como um de seus destaques neste domingo (07) o discurso do presidente da Argentina, Javier Milei, que desembarcou no Brasil na noite de sábado (06).
Segundo a organização do evento, Milei deve fazer o discurso de encerramento da CPAC, previsto para as 16h (horário de Brasília). Mais cedo, ele deve se encontrar com empresários da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina).
O líder argentino também deve se reunir, à tarde, com o governador catarinense, Jorginho Mello (PL). Milei está acompanhado da secretária-geral da Presidência da Argentina e sua irmã, Karina Milei, do ministro da Defesa, Luis Petri, e do porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni.
Polêmicas com Lula
Recentemente, Milei questionou a necessidade de pedir desculpas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter chamado, durante a campanha, o brasileiro de “corrupto” e “comunista”.
“Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse… comunista? Por acaso [Lula] não é comunista? Desde quando tem que pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda ainda quando for verdade?”, indagou Milei na ocasião.
Questionado sobre se a decisão de cancelar a ida, na próxima segunda-feira (08) à Cúpula Mercosul, em Assunção, no Paraguai, teria relação com esses fatos, o porta-voz Manuel Adorni garantiu que não.
“O presidente jamais deixaria de ter uma atividade por coisas que disse. Isso não vai acontecer nem agora com o tema Lula, nem em nenhuma outra circunstância”, destacou Adorni, garantindo que Milei não tem problema de participar de eventos em que Lula e outros presidentes com os quais tenha diferenças ideológicas estejam.