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Presidente da Caixa nega interferência de Lula na gestão do banco

Carlos Vieira disse que Lula se comprometeu a dar liberdade à sua atuação ao mesmo tempo em que pediu um cuidado especial à população de menor renda. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha interferido na gestão do banco público. As afirmações foram proferidas em entrevista ao programa Canal Livre, com exibição no domingo (17) às 20h, no canal BandNews TV.

Vieira disse que Lula se comprometeu a dar liberdade à sua atuação na presidência ao mesmo tempo em que pediu a ele um cuidado especial à população de menor renda.

“O presidente pediu a mim duas coisas objetivas. Ele pediu que cuidasse da população de renda menor. Ele não impôs. Ele apenas pediu que tivesse atenção. E pediu que a gente cuidasse da governança do banco”, disse. “Muito pelo contrário, ele foi muito taxativo, dizendo que daria liberdade a minha atuação”, completou ao canal. Um trecho da entrevista foi divulgado no site da emissora.

Carlos Vieira é indicado do Centrão e assumiu o mais alto cargo da Caixa no começo de novembro, logo após a ex-presidente Rita Serrano ser destituída. Além da presidência, o grupo político também é responsável por indicações a outras diretorias do banco público. O nome de Vieira é ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Na entrevista, o presidente da Caixa elogiou a condução fiscal do governo Lula e destacou que o mercado externo está muito atento ao Brasil.

“Dando uma opinião onde eu não devo dar, mas eu acho que a responsabilidade fiscal dita pelo próprio governo, e ele está praticando isso, ajuda na compreensão do mercado haja vista o quanto a gente tem crescido nos captadores mais sensíveis de recursos, como a bolsa de valores”, afirmou.

Vieira disse que “ninguém imaginava”, a essa altura do campeonato, que a Bolsa de Valores estaria a 130 mil pontos e afirmou que os fundamentos internos para o crescimento do Brasil estão postos.

“Temos que criar mecanismos cada vez maiores de captação externa. O mercado está ávido para o Brasil”, pontuou, acrescentando que o País está pronto, com maior maturidade tanto do empresariado como das instituições.

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, voltou a subir nesta segunda (18) e fechou aos 131 mil pontos, renovando seu recorde histórico. O índice encerrou em alta de 0,68%, aos 131.084 pontos, renovando sua máxima histórica. Na sexta (15), fechou com baixa de 0,49%, aos 130.197 pontos.

 

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