Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de dezembro de 2020
Para Maia, falta sensibilidade a Pazuello e a Jair Bolsonaro.
Foto: Câmara dos DeputadosO presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que “a falta de organização e a incompetência” da gestão do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pode comprometer uma solução para a vacina contra Covid-19 e aumentar o número de mortos e infectados no País, além de prejudicar a imagem do Exército brasileiro. “O ministro da Saúde é um desastre. Um desastre para o País e para o governo. Acho que a sociedade já começou a entender isso, principalmente a área médica”, complementou.
Para o presidente da Câmara, falta sensibilidade a Pazuello e a Jair Bolsonaro.
“A população precisa da vacina, essa insensibilidade é grave e prejudica milhões de brasileiros”, criticou. “Os militares sempre são preparados para comandar e não para liderar, há sempre uma maior dificuldade. Ele [Pazuello] se perdeu na gestão do ministério e, em relação à logística, que diziam ser seu forte, até agora não apresentou nada organizado”, disse o Maia.
Maia lembrou ainda que o ministro, o presidente Bolsonaro e ele mesmo, Rodrigo Maia, quando tiveram Covid-19, foram tratados pelos melhores médicos e especialistas privados do País, e que a maior parte da população não tem acesso a esses tratamentos. Maia reconheceu ainda a importância do SUS no combate à pandemia.
“Não podemos esquecer que, de cada 100 pessoas que tiveram Covid e se internaram na UTI, 70% sobrevivem no hospital privado e apenas 35% no hospital público. Os brasileiros estão apreensivos”, afirmou.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a Câmara dos Deputados mostrou uma enorme capacidade de liderança no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Segundo ele, foi uma demonstração de apoio e responsabilidade de todo o Parlamento, sobretudo na votação do chamado “orçamento de guerra”, um instrumento legal produzido pela Câmara que flexibilizou regras fiscais para autorizar despesas no combate à pandemia.
De acordo com o presidente, a PEC da Guerra foi um texto de consenso entre todos os partidos da Câmara, desde o PSL ao Psol. “A Câmara comandou esse processo no momento em que o presidente negou a pandemia, e o ministro da Economia ficou um mês no Rio de Janeiro”, disse.