O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) desistiu de acompanhar Lula (PT) na viagem à China.
A viagem ocorre no fim de semana e deve contar com uma comitiva de mais de 240 pessoas, entre empresários, ministros e parlamentares – o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por exemplo, foi convidado e, até o momento, tem presença confirmada na viagem. A China é o principal parceiro comercial do Brasil.
Lira disse que vai ficar no Brasil para se dedicar a discussões com os parlamentares sobre a agenda econômica, em especial o novo arcabouço fiscal – que vai substituir o teto de gastos como método de equilíbrio das contas públicas. As informações são do blog da jornalista Andréia Sadi.
O governo ainda não divulgou como vai ser esse novo arcabouço. Nessa terça-feira (21), Lula disse que só deve apresentar a proposta após a viagem à China.
“Eu falei para o Haddad: ‘olha, nós não temos que indicar o nosso modelo de marco fiscal agora. Nós vamos viajar para China, quando a gente voltar, Haddad, você reúne, sabe”, disse o presidente.
Empresários
O presidente Lula levará à China empresários que apoiaram e contribuíram com a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações são da jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil.
Segundo aliados do petista, não foi olhada a filiação partidária ou a preferência política, mas sim a representatividade dos empresários em setores estratégicos para economia brasileira e que possuem relação comercial com os chineses.
O pragmatismo na escolha dos nomes marca duas coisas: a primeira, para os aliados, é a reunificação do país que foi prometida por Lula em sua campanha no ano passado.
A segunda é que o presidente está tentando refazer pontes com o agronegócio, que se tornou força motriz do bolsonarismo no Sul, Centro-Oeste e em São Paulo.
Interlocutores do Palácio Planalto avaliam que essa será a maior viagem em impacto prático — de dinheiro — para o Brasil desde que Lula assumiu a Presidência da República. Com isso, fechará a ida aos três maiores parceiros comerciais do país. Foi primeiro à Argentina e posteriormente aos Estados Unidos.
A fonte declarou ainda que a relação com as três nações estavam desgastadas pelo tratamento dado pelo governo Bolsonaro.