Pivô de uma das maiores crises recentes entre os Estados Unidos e a China, a viagem da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan terminou na manhã desta quarta-feira (03).
O avião da comitiva de Pelosi deixou a ilha após uma visita de menos de 24 horas, mas que acirrou as tensões entre Pequim e Washington. O governo chinês condenou a ida da deputada norte-americana a Taiwan e, nesta quarta-feira, anunciou sanções à ilha, como a suspensão das compras de itens como frutas e produtos de pesca, além de paralisar as vendas de areia natural para Taiwan. A China considera a ilha como parte do seu território.
O governo de Taiwan afirmou que a China faz um bloqueio aeronaval nã oficial ao planejar exercícios militares em torno da ilha como resposta à visita de Pelosi a Taipei.
Com a visita, Pelosi se tornou a primeira representante do alto escalão do governo norte-americano a visitar Taiwan desde 1997, quando o então presidente da Câmara, o republicano Newt Gingrich, foi à ilha.
Após a chegada da deputada – a segunda na linha de sucessão do presidente Joe Biden –, a China emitiu um comunicado chamando a visita de “provocação” e prometeu retaliações.
Ao pousar no aeroporto de Taipei, na terça-feira (02), Pelosi argumentou que a visita “honra o compromisso independente dos EUA em apoiar a democracia vibrante de Taiwan”.
Kremlin
O governo da Rússia também se posicionou sobre a visita nesta quarta-feira. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que o aumento das tensões provocado pela ida de Pelosi à ilha “não deveria ser subestimado”.