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Geral Presidente da Colômbia quebra o silêncio e fala em “sérias dúvidas” sobre as eleições na Venezuela

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Gustavo Petro pediu uma contagem de votos transparente na Venezuela para interromper a violência dos protestos. (Foto: Reprodução)

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se pronunciou pela primeira vez desde que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano declarou o presidente Nicolás Maduro como vencedor das eleições de domingo. Petro, aliado internacional de Maduro, pediu nessa quarta-feira (31) uma contagem de votos transparente na Venezuela para interromper a violência dos protestos – que já deixaram ao menos 12 mortos, segundo organizações de direitos humanos – em meio às “sérias dúvidas” que se estabelecem sobre a reeleição do chavista.

Pedido similar também foi feito pelos ministros das Relações Exteriores do G7 (que reúne Alemanha, Canadá, EUA, França, Japão, Reino Unido e Itália, atualmente na presidência rotativa) pediram às autoridades venezuelanas que publiquem “resultados eleitorais detalhados com total transparência” e que os responsáveis pelo processo eleitoral publiquem imediatamente “toda a informação com a oposição e observadores independentes”.

Em uma publicação no X (antigo Twitter), Petro convidou o governo venezuelano “a permitir que as eleições terminem pacificamente, permitindo um escrutínio transparente com contagem de votos, atas e supervisão por todas as forças políticas do seu país e supervisão internacional profissional”, afirmando que enquanto tal processo é realizado a “tranquilidade” poderia chegar às forças e “deter a violência que leva à morte”. A ONG Foro Penal, citada pelo El País, contabiliza pelo menos 278 pessoas detidas nas últimas 48 horas.

Petro, que não enviou observadores para Caracas, propôs “respeitosamente” chegar a um acordo entre situação e oposição “que permita o máximo respeito pela força que perdeu as eleições”. Tal acordo, explicou o líder colombiano, poderia ser entregue com uma Declaração de Estado Unilateral ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

O presidente também pediu a suspensão dos bloqueios e decisões dos EUA contra os cidadãos venezuelanos, afirmando que as medidas são “desumanas” e apenas geram “mais fome e mais violência”, tendo como consequência o aumento no êxodo desse povo. Em abril, o governo americano retomou as sanções contra o petróleo e o gás venezuelano após os candidatos da oposição no país terem sido impedidos de concorrer à Presidência.

As sanções americanas tinham sido suspensas em outubro, por um prazo de seis meses, no âmbito do Acordo de Barbados – diálogo entre o governo Nicolás Maduro e opositores em que foi negociado o alívio às sanções americanas em troca da realização de eleições livres no país. A Colômbia participa do acordo, assim como o Brasil.

“Qualquer coisa que aconteça na Venezuela afetará a Colômbia e vice-versa. Tal como o governo venezuelano ajudou a paz na Colômbia, agora este governo que represento quer ajudar a paz na Venezuela”, pontuou Petro, acrescentando que a América Latina “deve ser uma região de Democracia, Liberdade e Paz”.

Petro destacou ao final que Maduro tem uma “grande responsabilidade de lembrar o espírito de [Hugo] Chávez”, seu mentor e antecessor, além de “permitir que o povo venezuelano volte à tranquilidade enquanto as eleições terminam com calma e o resultado transparente é aceito, seja ele qual for”. E concluiu afirmando que o escrutínio é o fim de qualquer processo eleitoral, devendo “ser transparente e assegurar a paz e a democracia”. As informações são do jornal O Globo.

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