Terça-feira, 17 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 18 de junho de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente da Federasul (Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul), Rodrigo Souza Costa, alerta que muitas famílias já começam a abandonar o Estado, rumo a outros Estados, como Santa Catarina e Paraná, fugindo da crise que se avizinha. Ele defende soluções resolutivas para o reerguimento do Rio Grande do Sul, “que não são empréstimos com juros baixos”. Em um vídeo reproduzindo discurso feito aos associados e à comunidade gaúcha, o dirigente da Federasul sugere que “não podemos pecar pela omissão e pela inércia. Já basta a morosidade, a inércia e a pouca efetividade do Governo Federal nesta tragédia”. Souza Costa pontua que “precisamos de ações urgentes, resolutivas, e de disposição politica de parte do Governo Federal”. Para ele, “basta de omissão e a inércia. Este pais já deu dinheiro a fundo perdido para outros países. O Brasil já perdoou dívidas de outros países que tiveram crises humanitárias, e fez isso com dinheiro de impostos gerados aqui no Rio Grande do Sul”. Ele sugere que para algumas áreas, o Governo Federal precisará repassar recursos a fundo perdido para reerguer o Rio Grande do Sul.
Cenário futuro afeta empregos e geração de impostos
Em tom realista, o presidente da Federasul faz uma advertência projetando um cenário futuro na geração de riqueza e empregos: “Neste momento nós perdemos a nossa capacidade produtiva, e com ela foi a nossa capacidade contributiva, E nós não estamos pedindo que venha dinheiro gerado por impostos do norte, nordeste ou centro-oeste de volta para o Estado do Rio Grande do Sul. Nós estamos pedindo que o dinheiro de impostos que foi gerado no nosso estado, permaneça alguns anos aqui, para a reconstrução da nossa infraestrutura, para desoneração das nossas empresas, para melhorar o ambiente de negócios, para que elas possam voltar a gerar riquezas para manter os nossos empregos, e para que se tenha equilíbrio fiscal, para que a gente readeqúe a dívida do Rio Grande do Sul ou um fundo constitucional para que se achem soluções concretas com dinheiro novo. Cada real que não for investido no resgate do estado do Rio Grande do Sul neste momento custará dezenas ou centenas de reais em perda de arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais nos próximos anos. O prejuízo está dado. A tragédia climática já ocorreu Nós teremos um prejuízo. A pergunta é se nós estamos dispostos a resgatar essa máquina produtiva que foi o estado do Rio Grande do Sul. Essa máquina de contribuição de impostos federais para todo o Brasil a tempo. Ou se nós estamos dispostos a nos abraçar com dezenas de bilhões de reais perdidos em arrecadação de impostos federais todos os anos a partir daqui. Porque nos teremos uma tragédia, a exemplo do que se viu no Haiti, um dos lugares que foram devastados e não conseguiram se reerguer”, afirmou Rodrigo Souza Costa.
Prefeito Sebastião Melo projeta gasto extra de R$ 400 milhões para obras emergenciais
Atuando em várias frentes, o prefeito de Porto Alegre calcula em mais de R$ 400 milhões o volume de recursos extras que serão necessários para custear as obras emergenciais da cidade. Um caminho para financiar essa demanda extraordinária, sugere o prefeito da capital gaúcha, será uma compensação de receitas dos municípios e do Estado do Rio Grande do Sul, “senão, não tem como segurar isso”, lembrando que parte da receita do município vem da participação no ICMS, que despencou.
Eurípedes, presidente do Solidariedade, permanecerá preso
Na audiência de custódia, os advogados José Eduardo Cardozo e Fabio Tofic Simanthob que defendem o presidente licenciado do partido Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, pediram que ele seja colocado em prisão domiciliar com uso de tornozeleira. O pedido foi negado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de Brasília Luiz Lizandro Garcia Gomes Filho. A Operação Fundo no Poço apura o desvio de aproximadamente R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral do Partido Republicano da Ordem Social num esquema de candidaturas laranjas pelo país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – entidade do partido.
Conselho Federal de Medicina lembra dever constitucional de proteção à vida
Em um debate sobre o aborto, convocado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) no Senado Federal, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran da Silva Gallo, disse ontem que há limites na “autonomia da mulher”. Ele comentou a resolução do Conselho, que trata da assistolia fetal, procedimento realizado no aborto legal em gestações com mais de 22 semanas resultantes de estupro: “A autonomia da mulher, esbarra, sem dúvida, no dever constitucional imposto a todos nós, de proteger a vida de qualquer um, mesmo ser humano formado por 22 semanas”, afirmou Gallo.
Governo Federal frustra plano do Banrisul de repassar R$ 250 milhões para recuperar micro e pequenas empresas
O governo federal continua desconectado com o mundo real das enchentes no Rio Grande do Sul. Na oportunidade em que poderia repassar ao Banrisul, o banco que conhece melhor a realidade regional, recursos para operações pelo Pronampe Solidário (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), o Ministério da Fazenda destinou apenas R$ 30 milhões ao banco gaúcho. O valor autorizado pelo Ministério da Fazenda para o Banrisul ficou bem abaixo da expectativa do banco, que era de receber R$ 100 milhões. A intenção do banco era somar R$ 100 milhões a um esforço da instituição para emprestar R$ 250 milhões via Pronampe Solidário.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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