Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2022
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, diz que o aumento de 1,5 ponto percentual na taxa Selic, para 10,75%, definido nessa quarta-feira (02) pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ocorre porque o cenário doméstico mostrou-se com uma inflação mais disseminada e houve piora na expectativa sobre a atividade. “O início de 2022 foi marcado pela persistência da inflação que tem corroído o poder de compra das famílias e as margens das empresas. No entanto, alguns fatores internos e externos, podem desenhar um cenário ainda mais desafiador para o ano corrente. Pelo lado doméstico, os preços dos insumos agrícolas e industriais poderão seguir pressionados, impactando os custos da produção e os preços para os consumidores, destacou Petry. O presidente da FIERGS ressalta, porém, que esse aumento causa um pouco de preocupação “pois a elevação dos juros bancários torna mais alto o custo do capital de giro, necessário às indústrias”.
Conforme o presidente da FIERGS, aliado aos problemas domésticos há o cenário externo, com o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) adotando um tom mais duro em sua comunicação sobre a condução da política monetária. Somado a isso, a crise geopolítica entre Rússia e Ucrânia abre possibilidades para novos choques de inflação “importada”, ressalta Petry. “O Banco Central age de maneira responsável no combate à pressão sobre os preços, para que o ciclo de alta tenha um menor custo em termos de atividade e emprego”, observa.