Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 25 de novembro de 2024
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A redução do calado nos canais do Guaíba e Lagoa dos Patos começa a impactar a economia gaúcha, a partir do encalhe de navios que saem e se dirigem a Porto Alegre. O presidente da FIERGS, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Claudio Bier, em conversa com o colunista, revelou preocupação, com o fato de que os navios que se dirigem ou saem de Porto Alegre, precisam reduzir sua carga, o que afeta diretamente o custo do frete que vem sendo pago por importadores e exportadores. Este cenário compromete diretamente por exemplo, a Braskem, no Polo Petroquímico, uma das cinco maiores em arrecadação no Estado e geradora de mais de 6.500 empregos diretos e indiretos.
Setor privado tem proposta para assumir a dragagem
No ultimo dia 7 de novembro, Claudio Bier chegou a anunciar para uma plateia de líderes políticos e empresariais presentes ao 10º Fórum Oportunidades da Economia promovido pela Rede Pampa, que um grupo de empresários pretendia apresentar ao governo do Estado, uma proposta para dragagem e desassoreamento dos canais do Guaíba e da Lagoa dos Patos. Esse trabalho teria custo zero, mas como contrapartida, esses empreendedores assumiriam a gestão das hidrovias e a responsabilidade pela sua manutenção.
Governo do Estado anunciou que fará a dragagem
Na noite do mesmo dia 7 de novembro, o governo do Estado anunciou que faria o serviço, e que liberaria R$ 731 milhões para dragagem nas hidrovias gaúchas. O anúncio incluía restaurar as profundidades dos canais de navegação do porto de Rio Grande, a hidrovia da Lagoa dos Patos, o Guaíba e o Delta do Jacuí, os canais do Rio São Gonçalo e trechos dos rios dos Sinos, Caí e Gravataí. As notícias desde então, têm sido em conta-gotas: o contrato estaria em vias finais para ser assinado entre a Ster Engenharia, empresa de São Paulo, e a Portos RS, responsável pela gestão hidroportuária no Rio Grande do Sul.
Cobranças da dragagem no legislativo
O tema da dragagem mereceu uma manifestação do deputado Sergio Peres (Republicanos), na recente edição do fórum “RS Sustentável: Cada Gota Conta – Para Mais ou Para Menos” promovido pela Assembleia Legislativa, em Santo Antônio da Patrulha. Na ocasião, Sergio Peres alertou para o cancelamento da rota do Rio Grande do Sul por empresas de navegação internacionais, preocupadas com o baixo calado dos canais do Guaíba e Lagoa dos Patos. Na última quinta-feira (21), o lider do PL na Assembleia Legislativa, Rodrigo Lorenzoni, criticou a demora do governo, e cobrou da Portos RS, um cronograma da execução das obras de dragagem.
Prefeito de Arroio do Sal em Brasília
O prefeito eleito de Arroio do Sal, Luciano Pinto, estará nesta semana em Brasília. Manterá contatos na Câmara e no Senado e em órgãos do Governo Federal buscando apoio para projetos que pretende implantar no seu governo. Luciano Pinto pretende conversar com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Segundo ele, “vamos renovar ao ministro, que é do nosso partido, a disposição de garantir todo o apoio necessário para que o grupo de investidores, responsável pelo empreendimento do Porto Meridional de Arroio do Sal encontre as condições necessárias para dar inicio às obras desse projeto, que vai mudar a economia do Rio Grande do Sul”.
Boicote brasileiro ao Carrefour
As principais associações da agropecuária nacional poderão iniciar um boicote ao fornecimento de carne à rede francesa Carrefour no Brasil, após o CEO global do empresa, Alexandre Bompard afirmar que a rede vai deixar de comercializar carnes oriundas do Mercosul, visando a aprovação do acordo de livre comércio com a União Europeia (UE) e a lei antidesmatamento do bloco. Em comunicado, assinado pelas mais importantes entidades, é dito que “se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”. O documento é assinado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), bem como a Sociedade Rural Brasileira e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na Nicarágua, ditador Ortega aprova projeto que torna a primeira-dama “co-presidenta”
Acredite: o Congresso da Nicarágua aprovou na sexta-feira (22), por unanimidade, o projeto de lei que torna a primeira-dama da Nicarágua, Rosario Murillo, que não disputou a eleição “co-presidente” do país. Ela é casada com o ditador da Nicaragua Daniel Ortega (Frente Sandinista de Libertação Nacional, de esquerda), desde 2005. Mas não é só isso: o projeto de lei aumenta o mandato presidencial de 5 para 6 anos e aumenta o grau em que o presidente pode interferir na mídia e na Igreja Católica Romana.
@flaviorrpereira
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.