Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2015
Com a expansão da Copa do Mundo de futebol feminino – que será a maior da história, com 24 seleções neste ano em vez das tradicionais 16 –, a Fifa (Federação Internacional de Futebol) endossa sua campanha recente para desenvolver melhor a modalidade. O próprio presidente da entidade, Joseph Blatter, reconhece que o futebol feminino ainda está “muito atrás” do masculino e faz promessas de mudança.
Em entrevista à BBC, Blatter disse que o futebol ainda é muito “macho” e precisa ter mais mulheres assumindo cargos de influência. Atualmente, só há uma representante feminina no Comitê Executivo da Fifa – Lydia Nsekera, de Burundi. O presidente afirma que quer mudar o estatuto da Fifa para facilitar o acesso de mulheres aos cargos mais altos do futebol no resto do mundo e também reforçou a importância de se ter mais representantes femininas eleitas no Comitê Executivo da entidade.
Blatter disse ainda que se considera um “padrinho” do futebol feminino e que prestigiará a Copa do Mundo, que acontecerá entre junho e julho deste ano no Canadá, ainda que sofra uma derrota nas eleições presidenciais da Fifa, marcadas para o fim de maio.
Segundo o presidente da Fifa, um dos grandes problemas do futebol feminino é que ele ainda “não é jogado da maneira como ele gostaria” – Blatter cita a falta de ligas organizadas em vários países para justificar a dificuldade em desenvolver a modalidade. Ele mencionou também o fato de alguns países – como Irã e Arábia Saudita – proibirem o acesso de mulheres aos estádios. Além disso, o dirigente diz que toda a atenção dos investidores está no futebol masculino, o que fecha portas para a modalidade feminina. “É difícil conseguir novos parceiros para o futebol feminino, porque o foco está sempre no masculino”, diz.
O histórico de Blatter com o futebol feminino, porém, já teve capítulos polêmicos. Em 2004, ele foi bastante criticado quando sugeriu que as atletas da modalidade jogassem com “shorts mais apertado” para melhorar a popularidade do esporte.