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Economia Presidente da Petrobras diz que o preço do petróleo “já está afetado” e que piora na guerra entre Israel e o Hamas seria “tempestade perfeita”

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Jean Paul Prates reconheceu nesta quarta-feira (18) que o conflito já apresentou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização após alguns dias

Foto: Agência Senado
(Foto: Agência Senado)

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, avalia que, no momento, não há indícios de que a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas interfira no preço dos combustíveis no Brasil. Contudo, se o conflito se alastrar, será a “tempestade perfeita” no mercado de petróleo e gás.

Prates reconheceu nesta quarta-feira (18) que o conflito já apresentou um impacto inicial no preço do petróleo, mas que houve uma estabilização após alguns dias. Segundo o presidente da estatal, a cotação do petróleo está alta, “mas não tem, necessariamente, a ver com esse conflito em si. Já tinha uma inflação estrutural acontecendo.”

Atualmente, o barril de petróleo Brent está sendo negociado em cerca de US$ 91 (R$ 461,02). Prates pontuou, em uma análise no curto prazo, que a situação não deve se agravar “até que o conflito se alastre para um país produtor”.

“Falando de forma até um pouco insensível, claro que tem uma preocupação humanitária com o problema da guerra. Mas do ponto de vista do mercado de petróleo e gás, por enquanto, não há indício de que haverá alastramento disso para países como Irã, Egito, países produtores.”

O presidente da estatal afirmou que, das conversas que tem tido até o momento com representantes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), a intenção é procurar uma solução pacífica para a guerra e evitar um alastramento para o restante do Oriente Médio.

“O preço do petróleo já está afetado, piorar mais a guerra é a tempestade perfeita”, comentou. Prates disse ainda que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar sobre o assunto. Contudo, em meio à recuperação do chefe do Executivo no Palácio da Alvorada após ter realizado duas cirurgias no último dia 29, a agenda de Lula está mais restrita.

Conversas com Opep e transição energética

As declarações foram dadas no período da manhã, após Prates se reunir com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o secretário-geral da Opep, Haitham al-Ghais, que visita o Brasil nesta semana.

De acordo com o presidente da Petrobras, o encontro foi de cortesia. Prates acrescentou que a organização está numa “missão” de renovação, trazendo uma visão mais comprometida com a transição energética.

“O Brasil é importante, tem recursos naturais abundantes, está fazendo transição energética, é capaz de dar um exemplo como sempre e a gente tem estreitado as relações”, declarou.

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