Entre autoridades brasileiras e internacionais, incluindo deputados, senadores e outros figurões da República em geral que não são ministros de Estado, nenhuma teve tantas reuniões oficiais com o presidente Lula quanto o ex-senador petista e atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates: 12 encontros. Em 2º lugar, com 5 encontros cada, empatam a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR).
Prioridades
Ministros da Educação, Camilo Santana, e Defesa, José Múcio, por exemplo, estiveram com Lula menos vezes que o chefão da Petrobras.
No geral
O levantamento considera a agenda presidencial entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2023. Prates é sexto colocado no compito geral.
Principal ministro
Apesar de escanteado nos encontros internacionais importantes, o chanceler Mauro Vieira é o ministro que mais emplacou encontros: 21.
Pódio
Alexandre Padilha (Rel. Institucionais), Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Flávio Dino (Justiça) fecham o top 5.
Oposição quer CPI da ‘milícia digital de esquerda’
Deputados da oposição articulam, ainda durante o recesso parlamentar, a criação de uma CPI para investigar a agência de publicidade e influenciadores Mynd8, acusada de ter ligações com o governo Lula e PT e agir como o centro de uma rede de disseminação de fake news durante o governo Bolsonaro e as eleições de 2022. “Vamos expor de uma vez por todas o verdadeiro gabinete do ódio, CPI da verdadeira Milícia Digital”, avisou Gustavo Gayer (PL-GO), que já protocolou o pedido.
Talvez não adiante
Maurício Marcon (Pode-RS) chamou o grupo de fake news de “máfia”, mas teme que a CPI seja cooptada pelo governo, que tem maioria.
Outro resultado
Para Marcon, se o STF tivesse descoberto rede como a Mynd8 “provável que Bolsonaro, filhos e dezenas de apoiadores já estivessem presos”.
Vai piorando
“A coisa só vai piorando, é muita sujeira num lugar só, não dá para esconder”, disse o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Casa do Povo contra
O vice-líder do governo na Câmara, deputado José Nelto (PP-GO) quer a devolução da medida provisória que reonera a folha de pagamentos de 17 setores da economia. Avisou que a Casa vai trabalhar contra a MP.
Ouvidos moucos
A advertência de Marcos Lisboa, um dos maiores economistas do nosso tempo, deveria servir de alerta aos condutores irresponsabilidade fiscal em curso, mas eles não estão nem aí. Para Lisboa, a preocupação com os gastos públicos, que era a médio prazo, está virando de curto prazo.
Emergência entre aspas
A Câmara aprovou 22 medidas provisórias em 2023, aqueles decretos do presidente da República apenas para emergências. A “emergência” mais recente foi aumentar salários da Agência Nacional de Mineração.
Linguagem adolescente
Ao justificar o veto ao trecho do orçamento que foi considerado vitória da oposição no fim do ano passado e proibia incentivo à invasão de terras, o governo Lula (PT) disse que o texto citava “várias condutas aleatórias”.
Constituição mal-usada
O recesso parlamentar ainda vai durar um mês. Deputados e senadores saíram de férias na penúltima semana de 2023, mas só voltam ao batente no dia 2 de fevereiro de 2024, como manda a Constituição.
Já dobrou
As eleições 2024, quando serão escolhidos apenas prefeitos e vereadores, deve custar mais do dobro das eleições de 2020. Pulou de cerca de R$2,34 bilhões para quase R$5 bilhões este ano.
Preocupação sem mira
Manchetes de sempre continuam a “comemorar” a redução no registro de armas (legais) junto a autoridades como a Polícia Federal. Enquanto isso, quase 77% das famílias brasileiras continuam endividadas, diz levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
EUA se superam
A pujança da economia americana, com multidões consumindo e todos os setores bombando, faz lembrar a advertência e Warren Buffet, ídolo de todos os investidores do planeta: “Nunca apostem contra a América”.
Pensando bem…
…gabinete do ódio de esquerda nas manchetes de sempre vai virar “jardim de contemplação”.
PODER SEM PUDOR
Saída pela direita
O deputado Paes de Andrade (CE) integrava uma missão parlamentar que visitava a então Tchecoslováquia quando recebeu a notícia de que o regime militar cassara o mandato do valente deputado Chico Pinto (BA), seu colega de MDB. Mais tarde, na recepção oferecida pelos anfitriões, Paes de Andrade fez – em francês – um vigoroso discurso contra aquela violência da ditadura. Ao final, ele perguntou ao deputado Célio Borja (Arena), sentado ao lado, o que achou do discurso. O governista Borja saiu pela tangente: “Achei o seu francês péssimo…”. 02(Com a colaboração de Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)