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Presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, visita neste domingo as cidades gaúchas atingidas pelo ciclone

Alckmin estará pela manhã em três cidades atingidas pela enchente: Lajeado, Arroio do Meio e Roca Sales. (Foto: Cadu Gomes/VPR)

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), visita o Rio Grande no Sul neste domingo (10) para acompanhar a situação no Estado após a passagem de um ciclone extratropical. A agenda é uma tentativa do governo de reduzir as críticas de que o presidente Lula teria ignorado a calamidade que assolou a região. Alckmin estará pela manhã em três cidades atingidas pela enchente: Lajeado, Arroio do Meio e Roca Sales.

Farão parte da comitiva os ministros: José Múcio (Defesa); Nísia Trindade (Saúde); Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência da República); Wellington Dias (Desenvolvimento Social); Marina Silva (Meio Ambiente).

O presidente em exercício e os ministros pretendem se reunir com prefeitos da região e com representantes do governo gaúcho. Durante a visita, novas medidas de apoio às pessoas atingidas devem ser anunciadas.

Geraldo Alckmin também anunciou um repasse para as prefeituras de municípios atingidos pelo fenômeno natural. O valor é de R$ 800 por pessoa atingida, para que os municípios possam auxiliar no atendimento a essa população.

Vale ressaltar que o montante é para as prefeituras auxiliarem a população, ou seja, nenhum cidadão atingido diretamente pelas chuvas receberá esse valor em mãos.

O repasse de R$ 800 será feito por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, mas o governo não informou o montante total. O valor será definido a partir das informações repassadas pelas prefeituras.

“Temos 5 mil desabrigados. É a estimativa que fazemos hoje. Então R$ 800 para cada um desses desabrigados, repassados para as prefeituras”, afirmou o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social).

“O critério é por pessoa atingida de cada município, mas o dinheiro vai ser transferido para o município, para ajudar os municípios a atenderem as famílias desabrigadas, poderem atender melhor a população”, disse o presidente em exercício.

Ausência de Lula

Alckmin está no exercício da Presidência em razão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Índia, para participar da cúpula do G20.

O presidente em exercício informou que foi criada uma “sala de situação permanente” com representantes de ministérios para monitorar as consequências do ciclone.

O governo também decidiu enviar 20 mil cestas de alimentos para as pessoas afetadas. As primeiras 5 mil cestas chegam no domingo ao Rio Grande do Sul.

Uma comitiva de ministros já esteve nesta semana no Estado. O presidente Lula, no entanto, não visitou a região. Antes de embarcar para Índia, Lula concentrou sua agenda na negociação para finalizar uma minirreforma ministerial e participou do desfile de 7 de Setembro, em Brasília.

Questionado sobre a ausência do petista e a falta de uma visita dele à região, o presidente em exercício culpou a agenda.

“Os seus ministros estiveram lá. O presidente tinha ontem o 7 de setembro, não tinha como sair. No dia anterior, teve uma indisposição de saúde. Mas todo o governo empenhado em atender a região”, afirmou.

Após a entrevista, Lula publicou uma manifestação em uma rede social.

“Como disse ao governador do Rio Grande do Sul, @EduardoLeite_, orientei o governo a estar de prontidão. Prontamente, o @geraldoalckmin, e os ministros e ministras do nosso governo, formaram um comitê permanente de apoio ao Rio Grande do Sul”, escreveu.

“Estamos atuando em todas as frentes. Maquinário, tratores, distribuição de 20 mil cesta de alimentos e kits de saúde para cerca de 15 mil pessoas estão sendo disponibilizados. Além disso, o valor de R$ 800 por pessoa será disponibilizado as prefeituras para remediar os danos causados pelas fortes chuvas”, continuou.

 

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