Sábado, 18 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de outubro de 2021
Neste ano, a inflação está sendo puxada, de acordo com Campos, pelo aumento dos preços da energia
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilNa avaliação do presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, a alta da inflação no Brasil deve ter chegado ao seu maior nível em setembro. “Nós entendemos que, em termos de inflação de 12 meses, setembro deve ser o pico. A gente ainda tem uma inflação alta em setembro”, disse em palestra na Associação Comercial de São Paulo.
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), que mede a prévia da inflação oficial do País, chegou a 1,14% em setembro. A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto e ao índice de 0,45% de setembro do ano passado. Com o resultado, a prévia da inflação oficial acumula taxas de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses.
Campos atribuiu a alta da inflação a “dois choques” ocorridos em 2020 e 2021. Segundo o presidente do BC, no ano passado o Brasil sofreu com um forte aumento dos preços dos alimentos associado a uma grande perda de valor do real em relação ao dólar.
Neste ano, a inflação está sendo puxada, de acordo com a análise de Campos, pelo aumento dos preços da energia. A gasolina, segundo o presidente do BC, continua subindo, apesar da quase estabilidade do preço do combustível em nível internacional, por causa da alta do etanol, que faz parte da composição vendida no Brasil, e pelo aumento dos valores dos fretes. “O etanol subiu mais de 40% no ano, e o frete subiu também”, destacou.