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Geral Presidente do Banco Central diz que a sinalização de pleno emprego traz preocupação sobre o impacto inflacionário no País

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Roberto Campos Neto afirmou atraso na agenda do programa de pagamentos e transferências ocorreu para aperfeiçoar a segurança. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A sinalização de pleno emprego no mercado de trabalho no Brasil “é uma grande surpresa”, mas traz uma preocupação sobre um eventual impacto de pressão inflacionária à frente, afirmou na terça-feira (30) o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante entrevista à CNN Brasil. Conforme o chefe da autoridade monetária, “outros países também passaram por isso, mas o Brasil foi uma grande surpresa”.

Segundo Campos Neto, “quando as empresas não conseguem contratar e têm que começar a subir o salário para o mesmo nível de produção, significa que você está iniciando um processo inflacionário”. O principal ponto de atenção do BC é o setor de serviços, sobretudo os intensivos em mão de obra.

“Existe essa preocupação porque há uma incerteza de como a mão de obra apertada influencia a parte de serviços”, disse. Um sinal de elevação de pressão sobre preços no setor “apareceu em dois ou três números de inflação, mas recentemente está um pouco melhor”, avaliou.

Campos Neto afirmou também que a mudança da meta de resultado primário para 2025 parece ter tido impacto na curva de juros. “Quando foi mudada a meta, percebemos algum efeito na curva longa”, avaliou.

O dirigente lembrou que o mercado já apostava que o governo não iria conseguir cumprir as metas anteriores. “A preocupação era de que depois da mudança da meta a expectativa ficasse pior ainda e dados já mostram que começa a piorar”, disse.

Perguntado sobre a política monetária americana, Campos Neto disse que as taxas de juros americanas devem permanecer em um patamar elevado por mais tempo. “A taxa de juros americana vai ficar mais alta por mais tempo então vamos ter de conviver”, avaliou o dirigente.

O presidente do BC reforçou a visão de não existir “relação mecânica” entre a taxa de juros nos EUA e aqui no Brasil. No entanto, reconheceu haver um impacto para a política monetária nacional. “Não existe uma relação da taxa de juros americana com a brasileira, mas o que existe é o fato de que a taxa de juros americana tem influência sobre variáveis que impactam nossa função de reação”, ressaltou.

O chefe da autoridade monetária voltou a mencionar o “custo” de um juro americano alto por mais tempo para vários setores e países. “Começa a custar para os países pobres, para o crédito privado. As empresas que têm um maior risco não conseguem se financiar. A gente já está vendo um pouco disso [em alguns países].”

Em relação às desonerações, Campos Neto avalia como “ruins”. “O Banco Central, de novo, nem faz muito parte desse desse debate, mas eu acho que essas desonerações são ruins”, disse.

“Quando você escolhe setores, gera alocação ruim, uma má alocação de recursos na economia. Sou nesse momento a favor de pensar em eliminar [as desonerações], mesmo que alguns setores precisem ainda fazer de uma forma faseada, mas precisamos pensar e não ter desoneração. Ter uma política mais uniforme, que distribua melhor os recursos.”

Na visão do dirigente, a tentação de se fazer política de curto prazo tem um preço alto no longo prazo. “Em geral, essas políticas melhoram no curto prazo, mas o que você recupera no longo prazo é menos do que o que você perdeu. Então, eu digo que é como se você vendesse o almoço para comprar só metade do jantar.” As informações são do jornal Valor Econômico.

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https://www.osul.com.br/presidente-do-banco-central-diz-que-a-sinalizacao-de-pleno-emprego-traz-preocupacao-sobre-o-impacto-inflacionario-no-pais/ Presidente do Banco Central diz que a sinalização de pleno emprego traz preocupação sobre o impacto inflacionário no País 2024-05-01
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